Zuenir Ventura: desarranjo verbal de Bolsonaro é explicado pela opinião pública
"A fúria do mito aumentou quando ele se deu conta de que a opinião pública já havia percebido seus desatinos", diz o jornalista e escritor Zuenir Ventura
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247 - “Há divergência quanto às causas do desarranjo verbal que cada vez com maior frequência vem acometendo o presidente Jair Bolsonaro. Há os que o chamam de “Bolsonero” e já o veem vestido com camisa de força. Outros acham que os surtos têm lógica, e esses acessos pretendem desviar o foco da CPI da Covid, onde são expostos diariamente os podres de um governo que se elegeu prometendo honestidade”, diz o jornalista e escritor Zuenir Ventura em sua coluna no jornal O Globo.
Segundo ele, “a fúria do mito aumentou quando ele se deu conta de que a opinião pública já havia percebido seus desatinos, inclusive a pirraça de não querer se vacinar. Pesquisa Datafolha revelou que, em meio ao avanço da CPI da Covid, a rejeição ao presidente atingiu o índice mais alto desde o início do mandato: 51% dos eleitores classificaram o governo como ruim ou péssimo”.
“A pesquisa que mais abalou os planos de reeleição de Bolsonaro, porém, a que mais o deixou destrambelhado, foi a que revela as intenções de voto para a eleição do próximo ano. Hoje, Lula venceria por 58% a 31% no segundo turno. Daí a afirmação de que está disposto a entregar a faixa presidencial, ‘desde que de forma limpa’, ou seja, desde que ele ganhe”, afirma.
“Se não for mais uma de suas bravatas, seria uma ameaça de golpe. E desde já as instituições e a sociedade devem dar uma resposta à altura”, finaliza Zuenir Ventura.
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