Youtube e Facebook removem conteúdos que promoviam terrorismo e golpe no Brasil

Influenciados por conteúdos dessa natureza, terroristas bolsonaristas depredaram Brasília

Gigantes das mídias sociais Facebook, YouTube, Twitter e Microsoft estão formando um grupo global de trabalho para combinar os esforços para remover conteúdo terrorista de suas plataformas; união vem após pressão de governos na Europa e nos Estados Unidos decorrentes de uma onda de ataques por militantes; companhias vão compartilhar soluções tecnológicas para retirar conteúdo terrorista, além de desenvolver pesquisas para contrapor o discurso extremista e trabalhar com mais especialistas no combate ao terrorismo
Gigantes das mídias sociais Facebook, YouTube, Twitter e Microsoft estão formando um grupo global de trabalho para combinar os esforços para remover conteúdo terrorista de suas plataformas; união vem após pressão de governos na Europa e nos Estados Unidos decorrentes de uma onda de ataques por militantes; companhias vão compartilhar soluções tecnológicas para retirar conteúdo terrorista, além de desenvolver pesquisas para contrapor o discurso extremista e trabalhar com mais especialistas no combate ao terrorismo (Foto: Paulo Emílio)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

ESTOCOLMO/LONDRES (Reuters) - A Meta, dona do Facebook, e do YouTube, do Google, disseram nesta segunda-feira que estão removendo conteúdo de apoio ou que exalte o ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, por manifestantes bolsonaristas.

Dezenas de milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal em um ataque no domingo.

continua após o anúncio

"Antes da eleição, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e removemos conteúdo que defendia que as pessoas pegassem em armas ou invadissem o Congresso, o palácio presidencial e outros prédios federais", disse um porta-voz da Meta.

"Também estamos designando isso como evento de violação, o que significa que removeremos conteúdo que apoia ou exalta essas ações", disse o porta-voz. "Estamos acompanhando a situação e vamos continuar removendo conteúdo que viole nossas políticas".

continua após o anúncio

Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse em 1º de janeiro após derrotar Bolsonaro no segundo turno da eleição em outubro.

Bolsonaro se recusou a aceitar a derrota e grupos golpistas têm se organizado por redes sociais e plataformas de mensagens, como Twitter, Telegram, TikTok, YouTube e Facebook para organizar atos como os perpetrados na véspera.

continua após o anúncio

O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou que as redes sociais bloqueiem os usuários que divulgam conteúdo golpista. A invasão das sedes dos Três Poderes foi planejada há pelo menos duas semanas em grupos em redes como do Telegram e do Twitter.

Mensagens vistas pela Reuters mostraram integrantes desses grupos organizando pontos de encontro em diversas cidades do país, de onde sairiam ônibus fretados para Brasília com a intenção de atacar prédios públicos.

continua após o anúncio

Durante o ataque do Capitólio por apoiadores de Donald Trump, em janeiro de 2021, empresas de mídia social foram criticadas por não fazerem o bastante para impedir a organização dos simpatizantes do ex-presidente norte-americano, um aliado de Bolsonaro, que está na Flórida desde o final do ano passado.

Um porta-voz do YouTube disse à Reuters que a empresa está "acompanhando de perto" a situação no Brasil.

continua após o anúncio

"Nossa equipe de segurança está removendo conteúdo que viole nossas diretrizes da comunidade, incluindo transmissões ao vivo e vídeos que incitam a violência", disse o porta-voz.

Um representante do Telegram disse que o aplicativo de mensagens está trabalhando com o governo do Brasil e grupos de verificação de fatos para impedir a disseminação de conteúdo que incite a violência.

continua após o anúncio

"O Telegram é uma plataforma que apoia o direito à liberdade de expressão e o protesto pacífico. Convocações à violência, no entanto, são explicitamente proibidas em nossa plataforma", disse um porta-voz. "Nossos moderadores usam uma combinação de monitoramento proativo em partes públicas da plataforma, além de aceitar denúncias de usuários, a fim de remover esse conteúdo".

O TikTok e o Twitter não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

continua após o anúncio

A equipe do Twitter no Brasil foi fortemente reduzida com demissões após a compra por Elon Musk, em outubro, que incluiu oito funcionários que supervisionaram os trending topics e ajudaram a adicionar contexto aos tuítes que foram rotulados como desinformação, segundo uma fonte a par do assunto.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247