YouTube derruba canal e deleta vídeos que espalham fake news sobre Covid. Bolsonaristas escondem conteúdo

Temendo a CPI da Covid no Senado, bolsonaristas como Allan Santos e Leda Nagle vêm deletando conteúdo negacionista de suas redes

Luís Ernesto Lacombe, Leda Nagle e Allan Santos
Luís Ernesto Lacombe, Leda Nagle e Allan Santos (Foto: Reprodução | Alessandro Dantas/PT NO SENADO)


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247 - O YouTube vem deletando uma série de vídeos e canais de bolsonaristas que espalham informações falsas sobre a pandemia da Covid-19. 

Nesta terça-feira (8), o canal do jornalista Luís Ernesto Lacombe foi tirado do ar pela plataforma. Segundo o jornalista Guilherme Felliti, "mesmo com muitos vídeos negacionistas, o canal caiu por infringir as regras do YT sobre nudez e conteúdo sexual". Lacombe apontou para um ataque hacker. 

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O jornalista denunciou ainda o canal Terça Livre, comandado pelo bolsonarista Allan Santos. Ontem (7), o canal tornou 10 vídeos não-listados, o que significa que estarão disponíveis apenas para quem tiver o link. 

Alguns dos vídeos escondidos são intitulados "Governadores quebram a economia e querem mais dinheiro", "Dirceu manda STF interditar Bolsonaro" e "O que a mídia não te conta sobre o lockdown". 

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Em fevereiro, os dois canais do Terça Livre foram tirados do ar por violações de regras internas, em que Allan apontava supostas fraudes nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Uma decisão judicial restituiu os canais. 

A jornalista Leda Nagle também apagou diversos vídeos negacionistas de suas plataformas. No mês passado, ela apagou ou tornou privados 30 vídeos do seu canal oficial no YouTube e do canal Cortes de Leda Nagle abordando questões médicas, principalmente relacionadas à Covid-19.

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Na época, a jornalista já havia deletado 50 vídeos de suas redes, sendo a maioria entrevistas realizadas com médicos que difundem informações falsas sobre a pandemia de Covid-19.

As movimentações dos bolsonaristas indicam temor da CPI da Covid no Senado, que vai investigar se influenciadores bolsonaristas podem ter recebido, através da Secretaria de Comunicação, financiamento de propaganda para divulgar desinformação sobre a pandemia da Covid-19.

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A plataforma vem se empenhando em retirar o conteúdo negacionista de suas páginas. Uma atualização feita em abril prevê exclusão de vídeos que recomendem medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. 12 vídeos de Jair Bolsonaro defendendo o "tratamento precoce" foram removidos no mês passado com base na nova política. 

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