Veja publica informação falsa para defender a privatização da Eletrobrás

Revista afirma que Lula entrou em contradição ao reprovar a alta de 3.576% no salário de conselheiros da empresa pois a União se absteve na votação, mas o presidente era Bolsonaro

Lula, Veja e Eletrobrás
Lula, Veja e Eletrobrás (Foto: Reuters | Reprodução)


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247 - Na tentativa de descredibilizar a crítica do presidente Lula (PT) aos aumentos astronômicos de salários a executivos da Eletrobrás, a Revista Veja publicou uma matéria carregada de desinformação intitulada "A contradição de Lula ao atacar aumento salarial a diretores da Eletrobras" neste sábado (6).

Em determinado trecho do texto, a revista afirma que Lula entrou em contradição ao reprovar a alta de 3.576% nos vencimentos de conselheiros da empresa (de 5,4 mil reais por mês para até 200 mil reais) após a privatização, pois a União se absteve no momento de votar contra tal aumento. Ocorre que Lula nem sequer era presidente quando a votação ocorreu - quem ocupava o cargo era Jair Bolsonaro (PL).

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"O aumento de salário por parte dos executivos da Eletrobras foi aprovado pelos acionistas da companhia. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil, a Associação dos Empregados de Furnas (AEF) e a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEE) votaram contra a matéria. A União, contudo, absteve-se", diz a matéria.

Reportagem do Poder360 comprova que o aumento foi aprovado em 22 de dezembro de 2022, às pressas, pouco antes do fim do mandato de Bolsonaro, justamente para evitar que a votação fosse feita após o novo governo - notoriamente contrário à privatização da Eletrobrás - assumir.

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E mesmo com o atual posicionamento contrário ao aumento dos salários, a União passou a ter um teto de apenas 10% no poder de influência sobre as decisões deliberativas da Eletrobrás após a privatização da companhia; ou seja, suas posições são voto vencido - mesmo tendo cerca de 40% das ações da empresa.

O governo Lula e a Advocacia-Geral da União (AGU), inclusive, entraram com ação no STF para combater tal medida limitante, além de outras normas anti-reestatizantes incluídas no processo de privatização da Eletrobrás. 

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