Usuários do Twitter aprovam saída de Elon Musk da direção da rede social

Mesmo que Musk mantenha sua palavra e deixe o cargo de CEO, é improvável que a estratégia da empresa mude, pois ele vai continuar a ser dono da rede social

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic)


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RFI - A maioria dos participantes de uma pesquisa lançada por Elon Musk no Twitter votou a favor da saída do magnata da direção da rede social: 57,5% das mais de 17 milhões de contas que responderam à enquete votaram pelo afastamento de Musk. Essa votação ocorreu por iniciativa do bilionário, que no domingo (18) perguntou em um tuíte: “Devo renunciar ao comando do Twitter?” Ele acrescentou que acataria o resultado.

Embora Elon Musk tenha prometido respeitar o resultado da votação, um sindicato que representa alguns dos funcionários do Twitter no Reino Unido afirmou que, mesmo que Musk mantenha sua palavra e deixe o cargo de CEO, é improvável que a estratégia da empresa mude, pois ele vai continuar a ser dono da rede social.

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Além disso, de acordo com o secretário-geral do sindicato Prospect, Mike Clancy, o fato de Musk basear" sua decisão no resultado de uma pesquisa online é um sinal claro dos "problemas profundos" que assolam a empresa sob sua supervisão.

O bilionário, que comprou o Twitter e se instalou como CEO há apenas 50 dias, insiste que não há sucessor à vista.

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"Ninguém quer o trabalho que realmente pode manter vivo o Twitter", disse ele na rede social. "Não há sucessor." Respondendo a outro usuário que afirmou que poderia fazer o trabalho, Musk rebateu. "Você deve realmente gostar de dor. Um inconveniente: você tem que investir suas economias no Twitter, que está no caminho certo para a falência desde maio. Você ainda quer o emprego?"

Musk tem um histórico de usar as pesquisas do Twitter para aprovar decisões importantes. Em 2021, ele vendeu um décimo de sua participação na Tesla, após uma votação dos usuários. No mês passado, depois de uma segunda consulta à base de usuários, ele restabeleceu a conta de Donald Trump e deu uma anistia geral a contas que haviam sido suspensas, após uma terceira enquete. "Vox Populi, Vox Dei", tuitou Musk após a votação sobre Trump.

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Série de decisões controversas

Musk assumiu a direção do Twitter em 28 de outubro, após um polêmico processo de compra da rede social que durou meses. O magnata sul-africano demitiu metade da equipe e aceitou o retorno de personalidades controversas à plataforma, em nome da liberdade de expressão.

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Musk criticou severamente a antiga direção do Twitter. Em uma série de tuítes feitos em colaboração com uma plataforma de jornalistas independentes, ele afirmou que a rede social censurou usuários conservadores da extrema direita durante anos.

No domingo (18), o Twitter anunciou que as contas não poderão mais promover conteúdo de outras redes sociais, como o Facebook. Horas mais tarde, Musk voltou atrás e garantiu que sua intenção era "suspender contas apenas quando o objetivo 'principal' é a promoção de concorrentes".

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Em outra decisão controversa, Musk anunciou na semana passada que suspenderia as contas de vários jornalistas de meios de comunicação importantes dos Estados Unidos, acusados pelo empresário de colocar sua família em perigo ao publicar o itinerário de seu jato particular em tempo real.

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