Um minuto de silêncio para os livros de papel

Na minha opinião, os livros físicos estão sim com os dias contados. Assim como a TV analógica



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Um dos assuntos que mais gera debate acalorado hoje em dia é o futuro do mercado editorial e dos livros físicos ou e-books. Para onde está indo esse mercado? Os livros digitais vieram para ficar? Os livros físicos tendem à falibilidade? Essas e outras perguntas transitam as cabeças de editores, jornalistas, professores, bibliotecárias e amantes da leitura em geral. E com esse texto, procuro não trazer respostas, mas polemizar ainda mais esse debate.

Como professor, posso dizer que o livro é a água que mata nossa sede de conhecimento. Os livros e seus autores são elementos que ancoram todas as discussões que provocamos no mundo acadêmico. Eles são a nossa razão de ser, e os livros digitais são tudo isso, só que digitais, e não analógicos. Os livros físicos são bonitos, são charmosos, enfeitam nossas mesinhas de centro etc. Mas os livros físicos pesam nas nossas mochilas e nossas costas doem. Os livros físicos são combustíveis para possíveis incêndios. Os livros físicos são feitos de papel e, sob a ótica da sustentabilidade, isso não é politicamente correto. Os livros físicos ocupam milhões de metros quadrados em prateleiras de bibliotecas. Livros físicos empoeiram.

E os livros digitais? Ah, os e-books são mais fáceis de compartilhar, mais fácil de carregar e possuem exatamente o mesmo conteúdo do livro de papel. E quem disse que um iPad não fica bonito na nossa mesinha de centro? Fica sim.

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Uma informação para os saudosistas do livro de papel. Há cerca de um ano, a BORDERS, simplesmente a segunda maior livraria dos Estados Unidos, pediu falência. E entre os vários motivos que levaram a essa quebra está o de maior peso: a BORDERS subestimou os e-books e não entrou de forma efetiva para esse mercado.

Algumas pessoas falam que ler em uma tela cansa a vista por causa do brilho. Experimente ler no Kindle da AMAZON, que tem a mesma opacidade de página de papel - você não volta para o papel. Recentemente me peguei em uma discussão com uma professora do SENAC, onde eu defendia os livros digitais e ela defendia que os livros físicos são imortais. No meio da discussão perguntei a ela: “a senhora já mexeu em um iPad?” E ela respondeu que não. Oras, fica complicado discutir e tentar contra-argumentar com uma pessoa que forma opinião em cima de assuntos que desconhece. Não conhece, não fala.

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Na minha opinião, os livros físicos estão sim com os dias contados. Assim como a TV analógica. Um minuto de silêncio por favor.

Marcos Hiller é coordenador do MBA em Gestão de Marcas (Branding) da Trevisan Escola de Negócios (@marcoshiller)

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