Tradição patrimonialista aparelha áreas do Estado

Editorial do Globo chama atenção para o risco da ocupação de setores por militantes criados para servir à sociedade

Tradição patrimonialista aparelha áreas do Estado
Tradição patrimonialista aparelha áreas do Estado (Foto: Roberto Stuckert Filho)


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247 – O editorial desta quarta-feira do Globo aponta os riscos para a sociedade da tradição patrimonialista criada na política brasileira nos últimos anos. Leia:

Riscos de aparelhamento na AGU

Reza a indestrutível tradição patrimonialista brasileira que o governante de turno governa para se eternizar no poder. Com este objetivo, ocupa o maior número possível de cargos na burocracia com militantes do partido e aliados. E, quando os acha poucos, cria mais vagas para assessores “de confiança”.

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O mais explícito modelo patrimonialista de gestão visto na redemocratização, depois do condomínio montado para governar o país com a morte de Tancredo Neves, foi o adotado pelo PT de Lula.

Não apenas a máquina burocrática inchou, como foi pelo mesmo caminho o número de cargos ditos de confiança, preenchidos na base da canetada, em princípio sem qualquer preocupação com o mérito do nomeado.

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Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, já existiam 18.375 “cargos de confiança”. O primeiro ano de governo foi de adaptação e um momento difícil, pois era imprescindível debelar a inflação deflagrada pelos temores dos mercados com a chegada do PT ao Planalto.

Naquele momento, o contingente de não concursados caiu para 17.559. Depois, não parou de aumentar, chegando a mais de 20 mil. Depois do primeiro ano da administração Dilma, chegou a 22 mil.

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É basicamente por meio dessas nomeações que se aparelham áreas do Estado, convertidas em engrenagens do partido no poder. Marca do jeito de governar petista — embora não apenas do PT —, a ocupação por militantes de setores criados para servir à sociedade, e não a governos, volta a preocupar com o envio ao Congresso de proposta de alteração da Lei Orgânica da Advocacia Geral da União.

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