The Economist: 'apoio a Bolsonaro é cada vez menor e atos mostraram apoiadores arrogantes sobre as regras da democracia'

Segundo a revista britânica, os atos golpistas do 7 de setembro demonstraram que a base de Jair Bolsonaro é "cada vez menor", mas ele quer seu grupo "agitado" em 2022. A publicação diz que, "atacando os juízes da Suprema Corte", ele adota um "truque populista de culpar outros ramos do poder quando as coisas dão errado". "Ele é um fã da ditadura militar", diz o texto

(Foto: Divulgação)


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247 - Em um texto publicado na seção As Américas da edição impressa, a revista britânica The Economist destaca que o "grupo de fãs" de Jair Bolsonaro é "cada vez menor". De acordo com a publicação, os atos a favor dele demonstraram apoiadores "arrogantes sobre as regras da democracia".  "Ele é um fã da ditadura militar que esteve no poder de 1964 a 1985", reforça.

De acordo com a revista, "a maioria das instituições no Brasil permanece bastante robusta". "É altamente improvável que Bolsonaro pudesse cooptá-los", diz a revista. "A hipérbole de Bolsonaro é uma tentativa de manter seu grupo de fãs barulhento, mas cada vez menor, agitado até a eleição presidencial prevista para 2022", continua. 

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A revista reforça que Bolsonaro "está recorrendo a um velho truque populista de culpar outros ramos do poder quando as coisas dão errado". "Se ele perder em 2022, já lançou as bases para questionar os resultados — potencialmente com turbas furiosas", afirma o texto. 

"Nos últimos 18 meses, Bolsonaro participou de protestos que pediam intervenção militar para desafiar os bloqueios ordenados pelos governadores. Agora ele está atacando os juízes da Suprema Corte, que não apenas supervisionam a contagem dos votos, mas também autorizam investigações contra ele", continua.

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De acordo com a publicação, Bolsonaro "está lutando com uma piora no cenário econômico". "Menos de 30% dos brasileiros o apoiam, o índice mais baixo nas pesquisas desde que ele assumiu o cargo em 2019. Mais de 14% dos brasileiros estão desempregados. A inflação é de quase 9%, e para alimentos básicos como arroz e açúcar é de 40% e 30%, respectivamente", relata.

"Mais de 580.000 brasileiros morreram de covid-19, a maioria deles depois que Bolsonaro passou meses ignorando ofertas para comprar vacinas. Uma comissão de inquérito do Senado expôs suspeitas de corrupção em um acordo de compra de vacinas, que o presidente supostamente sabia (ele nega)", acrescenta. 

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