Terremoto nas redes sociais

Durante o desastre natural do Japo, a Internet e as tecnologias de alerta a catstrofes so atores cruciais



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No corre e corre causado pelo maior terremoto da história do Japão nessa sexta-feira, seguido por um tsunami, pessoas no mundo todo tentavam se comunicar. Os órgãos oficiais do país contabilizaram centenas de mortos, que aumentavam a cada vez que acessávamos um site na Internet ou ligávamos a televisão. Nesse cenário, a própria web, os serviços digitais e, com destaque, as redes sociais foram protagonistas na comunicação.

A imprensa brasileira informava aos cidadãos, que estivessem em qualquer lugar do mundo, o e-mail da embaixada do País em Tóquio, capital do Japão. Qualquer informação seria bem vinda e com certeza acalmaria muitas famílias em busca de notícias. Mas isso foi só o começo.

O Google lançou um site para ajudar não só as pessoas que procuravam por alguém, mas também para registrar informações sobre vítimas desaparecidas. A página foi chamada de “Person Finder: 2011 Japan Earthquake”, ou “Localizador de pessoas: Terremoto Japão 2011”. Às 13h (horário de Brasília), o site já contabilizava 7200 registros.

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No Twitter, todas as 10 hashtags (palavras-chave dos temas mais debatidos no micro-blog) eram relacionadas ao desastre natural japonês. Muitos brasileiros que moram no país publicaram ao longo do dia (e parte da noite, no caso do Japão) informações sobre os locais onde estavam, mesmo que horas após o terremoto.

O brasileiro Sanemory Uto, que mora atualmente em Tóquio, informou a este jornal que “a Internet era a única opção de comunicação local”, já que as linhas telefônicas não estavam funcionando. A brasileira Joyce Nishiyama, na mesma cidade, publicou em seu perfil que apesar de estar distante (a quase 400 quilômetros) da região afetada pelo desastre natural, sentia “tremores muito fortes”.

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O Facebook e o Skype também foram meios de comunicação para essas pessoas. Outra opção foi o aplicativo Viber, para iPhone, que permite ligações grátis a qualquer lugar do mundo para pessoas que têm o mesmo tipo de celular com o aplicativo instalado.

Hoje em dia, muitos serviços de tecnologia operam em paralelo. Alguns canais de TV a cabo perderam o sinal no Japão e, por também trabalharem como provedoras de Internet, deixaram centenas de usuários sem acesso. Nesse caso, quem tivesse sinal no celular poderia acessar as redes sociais através do telefone móvel. Os torpedos – enviados também via celular – eram mais uma saída para trocar mensagens.

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Jornal japonês dá notícias pelo Facebook

Toshio Jo, o editor do principal jornal do Japão, o Asahi Shimbun, resolveu mudar o caminho tradicional para publicar as notícias do veículo onde trabalha. Deixou uma nota no site oficial informando que as notícias das tragédias que aconteceram no Japão não seriam mais publicadas naquele portal, mas no perfil oficial do jornal no Facebook.

“Atualizaremos nossas notícias com a maior frequência possível em nossa página do Facebook”, diz o informe. Na página da rede social, a empresa publicou notas curtas que atualizavam os leitores sobre a situação no país e geraram vários comentários e “curtições” de usuários de vários países.

Tecnologias previnem catástrofes

Apesar de ser impossível evitar os desastres naturais, um fator extremamente importante para países que sofrem com esse tipo de problema são as tecnologias desenvolvidas para alertar a população. O Japão já é um país preparado nesse sentido, com uma série de sistemas que trabalham exclusivamente para identificar a data e principalmente a intensidade de terremotos, tsunamis e furacões.

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No Brasil, depois das enchentes ocorridas na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro desse ano, o Ministério de Ciência e Tecnologia lançará, até novembro, o Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais, para atuar em uma quantidade de 40 a 100 municípios brasileiros que já tenham o mapeamento de risco de deslizamentos e inundações.

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