Telegram entrega dados sobre grupos neonazistas à Polícia Federal e evita suspensão do serviço no Brasil

A Justiça exigiu os dados em 24 horas sob pena de suspensão da plataforma no País e multa

(Foto: Pixabay)


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247 - O aplicativo de mensagens Telegram entregou nesta sexta-feira (21) à Polícia Federal (PF) informações sobre grupos neonazistas envolvidos em casos de violência em escolas. A Justiça exigiu os dados em 24 horas sob pena de suspensão da plataforma no País e multa de R$ 100 mil por dia. A decisão judicial aconteceu em um contexto de repercussão nacional de ataques em escolas. Por consequência, o governo federal determinou que plataformas coloquem em prática políticas com o objetivo de prevenir o discurso de ódio nas redes. 

De acordo com a Polícia Federal, a plataforma foi intimada a entregar os dados depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz (ES) descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos antissemitas na plataforma. O massacre deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas.

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“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, disse trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.

A decisão judicial aconteceu em um contexto de repercussão nacional de ataques em escolas. Em 5 de abril, um homem invadiu uma creche em Blumenau (SC) e matou quatro crianças. No dia seguinte, o Ministério da Justiça anunciou a criação de uma política nacional de prevenção à violência nas escolas.

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Na última terça-feira (18), o governo Lula anunciou um plano de R$ 3 bilhões para a prevenção da violência nas escolas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que, desde o dia 6 de abril, a administração federal chegou a um pico de 1.700 denúncias de tentativas de massacres em instituições de ensino, uma quantidade que, segundo o ministro, está entre 150 e 200 casos por dia.

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