Telegram aumenta risco de desinformação nas eleições

Diferentemente do WhatsApp, que limita grupos a 256 membros e restringe o alcance de mensagens replicadas muitas vezes, o Telegram permite grupos com 200 mil pessoas e compartilhamento irrestrito

Rússia inicia bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram no país
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247 - Especialistas em segurança da informação apontaram que o Telegram pode ser o grande vilão nas eleições de 2022 no sentido de ser um instrumento para a propagação em massa de fake news. Em 2018 foi o WhatsApp, que limita grupos a 256 membros e restringe o alcance de mensagens replicadas muitas vezes. O seu concorrente permite grupos com 200 mil pessoas e compartilhamento irrestrito. As informações foram publicadas pela coluna Sonar, no jornal O Globo. 

Segundo Fernanda Campagnucci, diretora-executiva do Open Knowledge Brasil, "foi uma estratégia consciente desses grupos que estão atacando o processo eleitoral de migrar em massa para o Telegram, que é um canal de menos probabilidade de fazer diálogo, com menos controle no Brasil". "É uma grande ameaça, não só o fortalecimento desses grupos nos espaços digitais como o fortalecimento em espaços menos reguláveis, ou menos dispostos a se autorregular", disse.

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O Telegram, empresa russa, não tem representação legal no Brasil, o que dificulta o acionamento judicial e parcerias com o poder público. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por exemplo, tenta há meses, sem sucesso, fazer contato com a companhia para incluí-la no Programa de Enfrentamento à Desinformação, projeto que visa às eleições de 2022.

"Na ferramenta de buscas do Telegram dá para encontrar até grupos nazistas", disse Yasmin Curzi, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio). "O Telegram precisa ser mais responsabilizado por permitir esse contato direto com assuntos absurdos. É um espaço que vai dar muito problema no ano que vem", complementou.

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