“Suposta guerra às drogas reforça o tráfico e é um pretexto para eliminar os ‘matáveis’”, diz Latuff
A guerra contra as drogas, segundo o cartunista, vem sendo utilizada para militarizar as forças de segurança e cada vez mais se mostra fracassada: “mata-se inocentes, mata-se culpados e o tráfico de drogas continua”. Assista na TV 247
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O cartunista Carlos Latuff, em entrevista à TV 247, criticou duramente a suposta “guerra contra as drogas”, utilizada como justificativa para ações policiais em territórios de favela, como a mais recente, na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que culminou em uma chacina.
A “guerra às drogas”, segundo Latuff, é, na realidade, uma “guerra aos pobres e aos negros”, porque não passa de um pretexto para executar os “matáveis”. “É mais uma oportunidade, uma justificativa, para você eliminar aquilo que o Marcelo Yuka chamava de ‘pessoas matáveis’”.
Ele ainda destacou que o combate ao tráfico de drogas como é feito atualmente já se mostrou fracassado e, por esta razão, a legalizaão das drogas é, para ele, a única maneira sensata de diminuir a violência policial contra os pobres e negros e, ao mesmo tempo, acabar com o tráfico. “Essa guerra às drogas, na verdade, foi responsável por um ‘boom’ do tráfico de drogas, foi responsável pela militarização da polícia, a militarização das forças de segurança como um todo. Essa chamada guerra às drogas serviu para militarizar as forças de segurança e, inclusive, é uma das grandes responsáveis pela criação de grupos de extermínio, de milícias e de unidades paramilitares. Já está provado que a chamada guerra contra as drogas não é contra as drogas. Ela fortalece as drogas. Mata-se inocentes, mata-se culpados e o tráfico de drogas continua”.
Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247