Stoppa: "o discurso de ódio quebrou o Brasil"
O comunicador condenou na TV 247 o ataque em rede pública do jornalista Diogo Mainardi contra o advogado criminalista Kakay. Para ele, Mainardi é “especializado” no discurso de ódio e não apresenta soluções no debate político, o que deve prejudicá-lo até comercialmente. “As pessoas procuram pessoas que apontem soluções. E o Diogo Mainardi não tem isso”. Assista
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247 - O comunicador Leonardo Stoppa, no mais recente Leo ao Quadrado, da TV 247, criticou o ataque do jornalista Diogo Mainardi, em emissora pública, contra o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Após defender o estado de direito e condenar os abusos cometidos pelo ex-juiz Sergio Moro, Diogo Mainardi mandou Kakay “tomar no c*” durante transmissão do programa Manhattan Connection. Para Stoppa, o jornalista é “especializado” no discurso de ódio, mas ele ressalta que a estratégia vem perdendo popularidade nos últimos anos.
“Já não dá mais. Eu volto a dizer, a melhor frase para definir esse momento é ‘Ustra não vive mais’. Tivemos um momento em que todo aquele discurso de corrupção dava viabilidade para o discurso de fazer tudo contra ela, de que todos são bandidos. Isso me lembra uma música do Raul Seixas, que diz algo como, ‘eu também vou reclamar, já que para fazer sucesso todo mundo tem que reclamar’. Virou esse momento no Brasil. Há poucos anos atrás, era isso. Lembro-me que pessoas irrelevantes em termos de conhecimento estavam bombando simplesmente porque faziam vídeos xingando. São pessoas irrelevantes, que não têm nenhum valor social para apresentar, e estouravam por causa do discurso de ódio”, disse Stoppa.
“Obviamente, nesse momento, o discurso de ódio se mostrou viável com personagens como a Rachel Sheherazade, que inclusive o foi abandonando antes disso acontecer. Esse discurso de ódio ficou extremamente comercial. Xingar, brigar, acusar o outro de ladrão deu muito dinheiro durante muito tempo. Só que isso se provou ineficiente a longo e médio prazo”, ressaltou.
O comunicador destaca que, atualmente, o público busca soluções, e não mais o discurso de ódio: “O discurso de ódio quebrou o Brasil. O problema é que você não pode dar o que você não tem. E algumas pessoas só existem porque elas só têm o discurso de ódio. Quando você pensa no Diogo Mainardi, você pensa no desespero que ele está vivendo nesse momento quando ele percebe que a única coisa que tem para oferecer está perdendo o comércio. É o drama do cara da máquina de escrever que não quer aprender a digitar. O Diogo Mainardi se especializou tanto nessa coisa de não precisar de profundidade e de que basta ter discurso de ódio e agredir, porque o povo vai estar sempre disposto a assistir às críticas. É mais ou menos assim: ‘eu sempre estarei lá porque ele vai falar mal de fulano ou ciclano’. Só que falar mal já não dá mais tanto resultado quanto antes, porque as pessoas não querem mais que apontem os erros. As pessoas procuram pessoas que apontem soluções. E o Diogo Mainardi não tem isso”.
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