Será que Gabrielli não gosta da imprensa baiana?
Ao que tudo indica, sim; recentemente, depois de duas tentativas, sua assessoria disse ao Bahia 247 que "ele não vai falar sobre a Petrobras. Ele fala de qualquer assunto, menos sobre a Petrobras"; ontem, porém, ele resolveu falar das sucessivas notícias negativas sobre a petrolífera ao Estadão, em São Paulo, na festa de 10 anos de poder do PT; bom lembrar que se ele for mesmo candidato a governador da Bahia, já tem de começar a pensar em falar com os jornalistas locais; ou a campanha será feita em São Paulo?

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Romulo Faro - Bahia 247
Ao que tudo indica, sim. Num período de pouco mais de dois meses, o Bahia 247 questionou o ex-presidente da Petrobras pelo menos duas vezes e ele se recusa veementemente a falar sobre as críticas que vem recebendo pelo período em que dirigiu a estatal e sobre a situação difícil pela qual passa.
E não foi só ao 247 a recusa. Diversos veículos locais já investiram e o ex-todo-poderoso não fala. Diz que "quem fala pela Petrobras é a Petrobras". Na última tentativa deste jornal digital, o assessor de Gabrielli, que agora é secretário de Planejamento da Bahia, disse com clareza. "Ele disse que responde sobre qualquer assunto que não seja a Petrobras. Ele fala sobre qualquer outra coisa".
Para concluir, das duas uma: ou Gabrielli não gosta da imprensa baiana ou acha que os veículos locais não têm credibilidade para entrevistar o ex-presidente de uma das maiores empresas do mundo.
Enfim, em São Paulo, na festa de 10 anos do PT no poder do Brasil, Gabrielli conversou com o jornal O Estado de São Paulo e, bem mais humilde e amigável, resolveu falar sobre a Petrobas, empresa que, segundo a oposição, ele deixou 'quebrada'. Bom lembrar que se ele for mesmo candidato a governador da Bahia em 2014, ele deverá começara a pensar em falar com os jornalistas locais. Ou a campanha será feita em São Paulo? Abaixo a explicação sobre o mau momento da estatal.
Críticas à Petrobrás são mais 'espuma' que realidade, diz Gabrielli
São Paulo - O ex-presidente da Petrobrás e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, afirmou que a estatal do petróleo enfrenta um problema de curto prazo e que as críticas feitas à gestão da companhia "são muito mais espuma do que realidade". Para Gabrielli, a tese de que a Petrobrás está descapitalizada "é uma falsa polêmica", já que os problemas de caixa de empresa ocorrem em boa parte pelo investimento feito para a ampliação da capacidade de refino. "Evidentemente a Petrobrás passa por problema de curto prazo, porque investe muito", disse o ex-presidente, ao chegar ao evento organizado pelo PT em São Paulo para comemorar os 10 anos do partido na Presidência da República.
Gabrielli defendeu a construção de novas refinarias pela Petrobrás para suprir o que ele considera um dos maiores gargalos do setor de combustíveis no País, que é atender o crescimento da demanda por gasolina, diesel e óleos, da ordem de 40%, nos últimos três anos. Ele rebateu as críticas do mercado financeiro sobre as margens menores dos investimentos em refino sobre os em produção de petróleo. "A decisão é correta, mesmo que o mercado financeiro, de vez em quando, ache um problema, porque, evidentemente o que dá mais lucro é o petróleo. A Petrobrás é uma petroleira, mas também é produtora de derivados e para isso precisa da refinaria", afirmou.
Retomando o discurso de quando era presidente da companhia, seguido também pela sua sucessora, Graça Foster, Gabrielli defendeu o reajuste da gasolina e do diesel, mesmo com a posição contrária do governo, que é entendida pelo mercado como um modo de controlar da inflação. "A política de preços no longo prazo é estabilizadora e é verdade que em certos momentos cria problemas com o caixa da empresa", disse. "(Pedir os reajustes) É processo que todo mundo vai ter de tentar", completou. No último dia 30 entraram em vigor o aumento de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel nas refinarias, mas o mercado julgou o ajuste pequeno ante a defasagem de preços no Brasil em relação ao cotado internacionalmente.
Cotado como candidato do PT à sucessão do governador da Bahia Jaques Wagner, Gabrielli evitou falar sobre política e eleições de 2014. "Ainda é muito cedo para falar nisso".
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