'Se o crime tem motivação política, e tem, o responsável é quem incentiva, ou seja, Bolsonaro', diz Joaquim de Carvalho
Conclusão policial sobre o assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho foi "uma operação de salvação do Bolsonaro", diz o jornalista
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247 - O jornalista Joaquim de Carvalho, em participação na TV 247 neste sábado (16), falou sobre o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho e apontou a responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) no caso.
Carvalho criticou a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná que, em tempo recorde, descartou que o crime tenha tido motivação política, o que vai contra as evidências.
Guaranho, que estava em um churrasco, ficou sabendo por alguém com acesso às câmeras de segurança do clube que havia uma festa de aniversário com o tema do PT ocorrendo naquele momento. Ele então foi até o local, discutiu com Arruda, que jogou terra no carro do bolsonarista, e foi embora. Guaranho voltou minutos depois já com a arma em punho, gritando palavras a favor de Bolsonaro e atirou em Arruda, que revidou. Arruda morreu e Guaranho está hospitalizado.
Para Carvalho, a conclusão policial foi "uma operação de salvação do Bolsonaro". "O crime ocorrido no final da noite de sábado (9) estava desgastando Jair Bolsonaro, mesmo entre seus apoiadores. Estava desgastando muito. Entre os apoiadores existe uma parcela que não concorda com este tipo de violência, mas que sempre viu o Jair Bolsonaro como alguém que fala mas cuja fala não deve ser levada muito a sério. Este é um grupo, pessoas já mais esclarecidas, com um antipetismo terrível ali nas veias, claro, mas que vê o Bolsonaro como alguém que fala mas é inofensivo, o que é um erro".
Portanto, a polícia trabalhou para descartar a hipótese de motivação política no crime, porque uma conclusão em outro sentido levaria à responsabilização de Bolsonaro. "Se o crime tem motivação política, e tem, é claro que o responsável por isso é quem fala, quem incentiva, quem faz apologia, e isso estava desgastando. Então o governo do Paraná foi em uma velocidade enorme para poder dar uma resposta que não é uma resposta investigativa, coerente com a obrigação do Estado de investigar o crime. É para dar argumentos para a milícia bolsonarista ou para aqueles bolsonaristas que estavam já preocupados com o que estava ocorrendo e poderiam até abandonar a campanha do Bolsonaro".
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