Ruy Mesquita, o democrata?

Existe um ditado popular que fala que é só morrer que o individuo ficará bom. Apesar do necessário respeito aos mortos, é o que tentaram fazer com Roberto Marinho e agora tentam fazer com Ruy Mesquita



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Sempre que um figurão da grande imprensa se despede desse mundo, é visível o esforço para caracterizá-lo como ardoroso defensor da liberdade de imprensa e da democracia. Foi assim com Roberto Marinho e vem sendo com a morte de Ruy Mesquita, diretor do Estadão.

Atualmente, todos são arvorosos defensores da democracia, mas será que essa mídia sofreu mesmo a perseguição que diz ter sofrido? Será que a censura atingiu a liberdade de expressão dos meios de comunicação? Algumas reflexões são necessárias.

É curioso observar isso, para ficar apenas nos três principais jornais, que nunca sofreu uma intervenção como da imprensa alternativa ou algo assim. O Pasquim foi violentamente perseguido e fechado, o que não aconteceu nem com o Globo, nem com a Folha e o Estadão.

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O jornal O Globo era de propriedade do jornalista Roberto Marinho, que comemorou o golpe no tristemente famoso editorial "Ressurge a democracia", Marinho montou seu império a sombra da ditadura. Sempre foi seu apoiador.

A Folha de São Paulo, da família Frias, foi outra notória apoiadora do golpe que instituiu a "ditabranda", como o próprio jornal definiu o regime militar. Além disso, carros pertence ao grupo Folha foram emprestados aos militares que faziam parte da Operação Bandeirantes ( OBAN), embrião dos órgãos de repressão.

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Por fim, o Estadão, da família Mesquita, ainda tentou posar de mártir. Canta aos quatro ventos sobre a suposta censura que sofria, mesmo tendo apoiado o regime, fala-se sobre os espaços em brancos que o jornal deixava em matérias cortadas, o que de fato acontecia, mas não tão heroíco assim. Para começar, a censura nunca deixaria passar um protesto assim, de tão óbvio, se não fosse feito por amigos do Regime – Nem o Pasquim seria tão direto.

Existe um ditado popular que fala que é só morrer que o individuo ficará bom. Apesar do necessário respeito aos mortos, é o que tentaram fazer com Roberto Marinho na época de sua morte e agora tentam fazer com Ruy Mesquita.

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O fato de terem deixado a terra não justifica as escolhas erradas que fizeram em suas vidas.

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