Resultado da eleição na Alemanha é 'péssima notícia' para a diplomacia do governo Bolsonaro, diz Jamil Chade

Jornalista avalia que a composição política do novo governo da Alemanha poderá inviabilizar acordos comerciais em função dos ataques aos direitos humanos e ao meio ambiente promovidos por Jair Bolsonaro

Jamil Chade e o parlamento alemão
Jamil Chade e o parlamento alemão (Foto: UN Photo/Jean Marc Ferré | REUTERS/Hannibal Hanschke)


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247 - O jornalista Jamil Chade afirma, em sua coluna no UOL, que “o resultado da eleição na Alemanha, neste fim de semana, é uma péssima notícia para a diplomacia de Jair Bolsonaro”. “Nas últimas semanas, Bolsonaro recebeu uma deputada do partido AFD, de extrema-direita da Alemanha, e ainda concedeu entrevista para meios ligados ao movimento acusado de ser radical e com flertes com neonazistas", ressalta.

“Já os ecologistas despontam como a terceira maior força política da Alemanha, com 14,8% dos votos e seu melhor resultado. Em comparação às últimas eleições, o grupo dobra de tamanho. Os Verdes vão somar 51 novos assentos no Parlamento e obter um total de 118 deputados. Mas o partido já deixou claro nos últimos meses: um acordo comercial com o Brasil está fora de qualquer cenário diante da política ambiental de Bolsonaro”, observa o colunista. 

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De acordo com Chade, “o governo da Alemanha, de olho no mercado sul-americano, sempre foi um dos principais entusiastas do tratado. Mas, agora, a nova composição política pode obrigar uma revisão dessas intenções”. O acordo em questão é o tratado comercial entre o Mercosul e a União Europeia, concluído em 2019 e que ainda não foi ratificado pelos parlamentos de todos os países do bloco europeu. Ele relembra que “para justificar o veto, o partido citou ‘a situação dos direitos humanos no Brasil e a destruição da floresta tropical que se deterioraram catastroficamente desde que o Presidente Jair Bolsonaro tomou posse’”. 

Além disso, caso seja confirmada, a vitória do partido Social-Democrata (SPD) será a primeira  em uma eleição nacional desde 2005, enquanto a CDU, de direita, terá alcançado sua “marca mais baixa na história da Alemanha pós-guerra”. “O resultado confirma uma tendência europeia em direção ao movimento de centro-esquerda, que também hesita em qualquer aproximação com Bolsonaro”, completa Chade. 

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O colunista relembra, ainda, que o ex-líder do SPD, candidato a chanceler e presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, também visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ocasião de sua prisão política no âmbito da Lava Jato.

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