Reinaldo ironiza Dallagnol: 'descobriu a presunção da inocência com Bolsonaro'
'Como Bolsonaro já confessou que está com o lote das joias masculinas, parece que não se trata de presunção de inocência, mas de presunção de impunidade', escreveu o jornalista
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247 - O jornalista Reinaldo Azevedo criticou o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que tem evitado repudiar o envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) nas joias milionárias dados pelo governo da Arábia Saudita ao Brasil. De acordo com a legislação, presentes são patrimônio do Estado brasileiro e não bens pessoais.
"Com Bolsonaro, Deltan Dallagnol descobriu a presunção de inocência. Uau! Como Bolsonaro já confessou que está com o lote das joias masculinas, que entraram ilegalmente no país, e como o almirante Bento Albuquerque já mandou carta ao príncipe saudita afirmando que as joias foram incorporadas ao acervo público, o q é mentira, parece que não se trata de presunção de inocência, mas de presunção de impunidade. Com os agora políticos da Lava-Jato é assim: Lula é sempre culpado, mesmo quando inocente. Bolsonaro é sempre inocente, mesmo quando culpado", escreveu o jornalista.
Um dos dois pacotes de joias tinham produtos avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões, que iriam para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No segundo pacote tinham joias estimadas em cerca de R$ 400 mil, que teriam o político do PL como destino.
Dallagnol fazia parte da Lava Jato. Em 2022, ele foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em R$ 75 mil por dano mora por causa da apresentação do powerpoint em 2016, quando ele denunciou Lula sem provas. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra Lula. O ex-magistrado é senador pelo União Brasil do Paraná.
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