Reinaldo Azevedo denuncia perseguição de Fux a Lula

Jornalista Reinaldo Azevedo denuncia a perseguição contra Lula feita pelo presidente do STF, Luiz Fux no julgamento da anulação dos processos contra ele. Para Reinaldo, Fux "está aderindo à militância do terror de certo colunismo, segundo o qual a anulação da condenação de Lula terá um efeito cascata"

(Foto: Divulgação)


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247 - O jornalista Reinaldo Azevedo denunciou, em sua coluna no UOL desta quinta-feira (15), a perseguição feita pelo presidente do Supremo Tribunal (STF), Luiz Fux, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o julgamento da anulação dos processos contra ele, realizado pela Corte nesta quarta-feira. No texto, o jornalista destaca que “tribunal não é lugar de militância política. Ali, ou os juízes defendem suas posições ancorados apenas nas leis, ou o que se tem é arbítrio. Não há zonas intermediárias”. 

Segundo Reinaldo Azevedo, Fux “está aderindo à militância do terror de certo colunismo, segundo o qual a anulação da condenação de Lula terá um efeito cascata — o que não é demonstrável, a menos que outras competências tenham sido usurpadas —, inferindo que isso vai prejudicar ‘um grande trabalho feito pelo Supremo Tribunal Federal de combate à corrupção’”.

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“Além de ser uma descabida antecipação de voto do que não estava ainda sob escrutínio, ele expõe o critério que vai orientá-lo e que gostaria que fosse seguido pelo tribunal: em vez de avaliar se Moro era ou não juiz da causa — e o próprio confessou que não —, o sr. Luiz Fux está pedindo, de modo sub-reptício, que uma condenação e processos ilegítimos sejam mantidos em nome do bem do tribunal e da pátria. Lula é o cordeiro que ele topa imolar, não é, para manter o seu particularíssimo senso de Justiça e de honra”, completa. 

Ainda de acordo com ele, “não é tolerável que exista no país o DDPL: Direito Penal Para Lula. Por esSe código, ele já foi condenado sem provas e foi mantido na cadeia porque se manobrou o foro para que lhe fosse negado o habeas corpus. Por esse código, foi julgado por um juiz ilegítimo, e agora Vossa Excelência propõe que se apele a um novo artigo dessa lei paralela”. “Em vez de se julgar se a 13ª Vara era ou não o foro para aquelas ações penais, os magistrados devem pensar, como é mesmo, "no grande trabalho" de combate à corrupção?”, questiona. 

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