Reinaldo Azevedo aponta as opções de Anderson Torres: 30 anos de cadeia ou delação premiada
"Seu silêncio pode transformá-lo na figura mais robusta do 'antigo regime' a receber uma punição realmente exemplar", afirma o jornalista
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247 - Preso desde janeiro, o ex-ministro Anderson Torres tem duas opções, segundo Reinaldo Azevedo, do UOL: permanecer encarcerado pelos próximos 26 anos ou aderir a um acordo de delação premiada e contar o que sabe sobre as evidências de crimes que se avolumam contra si e contra o governo Jair Bolsonaro (PL), do qual fez parte.
"Se Torres decidir chamar apenas para si, sem buscar nenhum outro benefício decorrente da delação, a responsabilidade por ações vinculadas diretamente à tentativa de sabotagem da eleição, à articulação de um golpe fantasiado de legalismo e ao ataque, com práticas de caráter terrorista, às respectivas sedes dos Três Poderes, pode estar reservando para si uma cela na Papuda, ou outro presídio que sua defesa reivindicar, por muitos anos. Caberá a ele saber até onde vai sua fidelidade política e quando tempo de sua vida está disposto a doar a uma causa que buscou pôr fim ao regime democrático no Brasil", introduz o jornalista.
O silêncio de Torres joga contra ele próprio neste momento, afirma Azevedo: "pode transformá-lo na figura mais robusta do 'antigo regime' a receber uma punição realmente exemplar".
Pela projeção do jornalista, o ex-ministro pode pegar aproximadamente 26 anos de cadeia por crimes como "restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa"; "tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito"; e "tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído".
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