Record é condenada por chamar jovem agredida pelo namorado de prostituta e assassina
A emissora exibiu uma reportagem na qual responsabilizou uma jovem pela morte do namorado, que não aceitou um possível fim do relacionamento, atacou a companheira com um canivete e depois cometeu suicídio
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247 - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou a TV Record a pagar R$ 100 mil de indenização a uma jovem tratada como prostituta e assassina em uma reportagem exibida pelo "Cidade Alerta". Em maio de 2015, G.B. foi a um hotel com o namorado, que atacou ela com um canivete após saber que a sua companheira desejava terminar a relação. Em seguida ele cometeu suicídio.
Dois dias depois, a emissora exibiu uma reportagem na qual a jovem pela morte do rapaz. Ela, que era menor de idade à época, foi chamada de "garota de programa" e teve seu rosto exibido na TV. A Record divulgou o número do telefone da mãe da jovem, segundo informações publicadas pela coluna de Rogério Gentile, no portal Uol.
Relator do processo no TJ-SP, o desembargador Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho disse que G.B. foi exposta à opinião pública por uma reportagem de caráter sensacionalista e desvinculada da realidade. Também destacou que era possível identificar a garota nas imagens, sobretudo por quem a conhece.
Na defesa que apresentou à Justiça, a Record afirmou que não tinha motivo para duvidar da veracidade das informações porque elas, "de interesse público", foram obtidas com a polícia. A emissora disse, ainda, que as imagens não eram nítidas, impossibilitando a identificação da garota.
Além dos R$ 100 mil de indenização, a Record terá de pagar mais R$ 50 mil para a mãe de G.B. por ter divulgado o seu telefone na reportagem. Cabe recurso à decisão.
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