Questão sobre perda de mandatos não está encerrada

Professor da FGV Pedro Abramovay lembra em artigo que o julgamento acabou, mas que ainda cabem recursos, visto que há quatro votos em favor dos réus

Questão sobre perda de mandatos não está encerrada
Questão sobre perda de mandatos não está encerrada


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247 – A decisão tomada nesta segunda-feira pelo STF de que o Judiciário tem a prerrogativa de cassar os mandatos dos réus que são parlamentares na Ação Penal 470 ainda não está encerrada. Como lembra o professo da FGV Direito do Rio de Janeiro e ex-secretário nacional de Justiça do governo federal, no segundo mandato de Lula, Pedro Abramovay, ainda cabem recursos. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo neste domingo, Abramovay menciona o regimento do Supremo que permite aos réus entrarem com recursos quando há quatro votos em seu favor. Se atendido o recurso e houver uma nova votação, os ministros da corte já não serão os mesmos: entra Teori Zavascki, que não votou no julgamento, e mais algum ministro na vaga de Carlos Ayres Britto.

Leia sua análise:

Palavra final sobre cassações pode ainda não ter sido dada

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O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem, por 5 votos a 4, que os parlamentares condenados definitivamente no processo do mensalão perdem automaticamente seus mandatos. À Câmara caberá apenas cumprir a decisão.

Com decisão de ontem a questão está encerrada?

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Não. O julgamento acabou. Mas ainda pode haver recursos. O regimento do STF afirma que, em uma ação penal, se há 4 votos em favor do réu, ele tem direito a um novo julgamento. São os chamados embargos infringentes.

Assim, é possível que os deputados condenados entrem com este recurso para tentar reverter a decisão de ontem. Se isto ocorrer, a questão não será mais votada apenas pelos mesmos ministros que participaram até agora do processo. Tanto Teori

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Zavascki, indicado recentemente, quanto o ministro que vier a suceder Carlos Ayres Britto --que se aposentou no mês passado--, votarão.

Zavascki tem, inclusive, um artigo publicado --citado pelo ministro Lewandowski no julgamento-- no qual defende que a decisão de cassar mandato é do Parlamento.

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O ministro Celso de Mello foi enfático ao dizer que, no equilíbrio entre os Poderes da República, cabe ao STF a palavra final. Mas pode ser que a palavra final ainda não tenha sido dada.

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