“PT deve dar total prioridade à disputa presidencial e à disputa parlamentar”, diz Breno Altman sobre 2022
Para o jornalista, ‘as eleições para governador serão secundárias’ no ano que vem. “A questão nacional centraliza tudo. Em tese, pode se abrir mão de qualquer coisa para garantir a vitória do Lula e da chapa de esquerda para permitir que, eleito presidente, Lula possa ter força parlamentar”. Assista na TV 247
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247 - O jornalista e editor do Opera Mundi Breno Altman afirmou à TV 247 que em 2022 o PT deve focar suas atenções na corrida presidencial, com o ex-presidente Lula como candidato, e na briga por espaço no Congresso Nacional. “Nossa prioridade absoluta são as eleições parlamentares. Acho que, claramente, o PT deve dar total prioridade à disputa presidencial e à disputa parlamentar. Para o PT, nessas eleições de 2022, as eleições para governador são secundárias. O que o PT tem que ter é uma estratégia parlamentar”.
Ele defendeu que o partido concentre forças na eleição para presidente, se aliando a outros partidos de esquerda no primeiro turno, com um programa pautado no antibolsonarismo e no antineoliberalismo, e eventualmente a partidos de outros setores no segundo turno. “A chapa nacional, que tende a ser liderada pelo ex-presidente Lula, deve responder por uma frente de esquerda, exclusivamente dos partidos de esquerda, com um programa de reformas estruturais que seja defendida país afora. Uma chapa que represente o PT, o PSOL, o PCdoB, partidos extraparlamentares e eventualmente consiga atrair o PSB. O PDT, partido do Ciro, não há como ser atraído nacionalmente. Então essa é a coalizão. É o suficiente para o ex-presidente Lula passar para o segundo turno e construir, com base no antibolsonarismo, uma frente mais ampla para disputar o segundo turno”.
Nas disputas pelos governos dos estados, no entanto, o jornalista defendeu que o PT apoie candidatos não só de esquerda, observando sempre o cumprimento de três condições listadas por ele. “Nas chapas estaduais você tem que levar em conta que é possível fatiar, dividir legendas que não são do campo de esquerda na disputa dos estados, desde que três condições sejam cumpridas: que o candidato a governador de uma legenda que não seja de esquerda seja um antibolsonarista; apoie o Lula, e apenas o Lula, à presidência da República; apoie para o Senado um candidato do PT ou um candidato da frente da esquerda na qual o PT esteja inserido. Nessas condições, é possível ter nos estados alianças com candidatos a governador que não pertencem ao campo de esquerda”.
Segundo Altman, além do comando do Palácio do Planalto, para o PT tudo deve ser negociável. “A questão nacional centraliza tudo. Em tese, pode se abrir mão de qualquer coisa para garantir a vitória do Lula e da chapa de esquerda com um programa de esquerda e para permitir que, eleito presidente, Lula possa ter força parlamentar. Em nome disso, da questão nacional, tudo é negociável para baixo dos estados. Nada é tão importante, nada se equivale, nada se compara à questão nacional”.
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