PT abranda críticas aos meios de comunicação
Partido comandado por Rui Falcão aprovou resolução política em que defende, discretamente, investigação sobre a ligação entre o bicheiro Carlos Cachoeira e órgãos de imprensa, mas não cita casos específicos; tom é bem mais suave do que quando Falcão falava em “peitar a mídia”
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247 – Nesta sexta-feira, quando dirigentes do PT se encontraram em Porto Alegre, um dos temas discutidos foi a posição do partido em relação à mídia na CPI do caso Cachoeira. Na Resolução Política aprovada pelo partido, o tema aparece discretamente, no fim do documento, sem citar nenhum caso específico, da seguinte forma:
“Entre as denúncias que precisam ser apuradas a partir de elementos probatórios em mãos da CPMI estão as relações entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa. O que está em jogo é a apuração de fatos criminosos, não os ataques à liberdade de expressão, como tentam confundir setores da mídia conservadora.”
É um tom bem mais brando do que aquele de um mês atrás, quando o presidente do partido, Rui Falcão, disse que a presidente Dilma, depois de enfrentar os bancos, iria também “peitar a mídia”. Nos últimos dias, foi intensa a pressão dos grandes empresários do setor de comunicação para evitar as convocações de Policarpo Júnior, de Veja, e Roberto Civita, da Abril. João Roberto Marinho, da Globo, procurou o vice-presidente Michel Temer e Fábio Barbosa, presidente da Abril, recorreu a José Dirceu – que, em Veja, é chamado de “o chefe da quadrilha (segundo a PGR)”.
Claramente, o PT pisou no freio. Leia, clicando aqui, a resolução política aprovada pelo partido em Porto Alegre, em que o partido desiste de “peitar a mídia”.
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