Pró-Serra, Frias diz que Haddad ainda não foi decifrado

Em editorial, publisher da Folha defende que a “imprensa independente” desvende o candidato petista Fernando Haddad (ou seja, vêm aí novas denúncias) e afirma que não é o caso de “passar um cheque em branco” a quem quer que seja

Pró-Serra, Frias diz que Haddad ainda não foi decifrado
Pró-Serra, Frias diz que Haddad ainda não foi decifrado


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247 – Sem dizer com todas as letras, a Folha de S. Paulo, em editorial publicado nesta sexta-feira, explicita sua preferência por José Serra na disputa municipal em São Paulo e afirma que uma virada é “muito difícil, embora não impossível”. Sobre Fernando Haddad, o jornal de Otávio Frias afirma que ele ainda não foi decifrado e que não merece um cheque em branco. Leia:

Favorito e indecifrado

Pesquisa Datafolha aponta ampliação da vantagem de Haddad sobre Serra, mas propaganda superficial não permite conhecer candidato

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A pesquisa que o Datafolha publica hoje confirma a arrancada de Fernando Haddad, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Os 17 pontos de vantagem obtidos sobre José Serra, do PSDB, tornam uma virada muito difícil, embora não impossível, no lapso de nove dias até a votação.

A reação do candidato tucano parece ainda mais improvável quando se observam as características das forças que limitam seu desempenho. Baixou um pouco, mas ainda chega a 42% a fatia dos paulistanos que consideram ruim ou péssima a gestão de Gilberto Kassab (PSD), o pupilo que Serra deixou na prefeitura no início de 2004, quando saiu para disputar, e conquistar, o governo estadual.

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Decerto a rejeição contra Serra é composta em boa parte dessa contrariedade com a administração de Kassab. Mas não só disso.

Nota-se um cansaço com a própria figura do ex-governador, o qual, de dois em dois anos, acaba por disputar algum cargo público. Serra é agora rejeitado por 52% dos eleitores.

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O ex-governador se tornou, além disso, e sobretudo desde 2010, um político que corteja teses à direita no espectro político. Deixou-se influenciar demasiado pela pauta de grupos religiosos e conservadores.

Essa opção costuma funcionar melhor para um candidato ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados. Mas se torna menos eficaz para alguém cujo objetivo é conquistar a maioria de um eleitorado heterogêneo e multifacetado.

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Do lado petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a julgar pela pesquisa, parece prestes a conquistar mais uma importante vitória eleitoral.

Repetiu com Haddad, em São Paulo, a fórmula que havia levado a desconhecida Dilma Rousseff à Presidência. Enxergou, ao contrário dos tucanos, a necessidade de renovar quadros petistas e virar a página da geração de líderes afinal condenada pelo mensalão.

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Mas e Fernando Haddad? Estará à altura da tarefa de governar a maior e mais complexa cidade da América do Sul?

O intelectual de origem marxista mal disfarça a falta de vivência e de conhecimento sobre os principais problemas da metrópole. Numa campanha marcada por ataques popularescos, expressão de simplismo político e programático, o eleitor não decifrou esse enigma.

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Que os debates televisivos e o trabalho da imprensa independente possam desvendar, nos poucos dias que restam até a eleição, esse candidato -agora franco favorito para assumir a prefeitura em janeiro de 2013. Não é o caso de passar um cheque em branco, a quem quer que seja, numa incumbência tão importante.

 

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