Prefeitura do Rio recebe reclamações por aplicativo

Gratuito para smartphones, 1746 Rio permite enviar fotos de problemas da cidade, como buracos e mau funcionamento de semforos



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247, com Agência Brasil – O ditado popular "uma imagem vale mais que mil palavras" começa a ganhar força na capital fluminense. Pouco a pouco, os moradores do Rio de Janeiro começam a economizar tempo e dinheiro, substituindo reclamações feitas à prefeitura por meio de ligações telefônicas pelo envio direto de fotos de seus aparelhos de celular com internet, os chamados smartphones, para uma central.

O atendimento para celulares faz parte do Disque-Rio 1746, originalmente um serviço telefônico, que engloba dez órgãos. De um total de 300 mil reclamações recebidas mensalmente pelo sistema, as demandas enviadas de aparelhos móveis são quase 5%. O serviço disponível para celulares ainda divide opiniões, mas o número de usuários cresce a cada dia.

"Observamos que as pessoas que baixam os aplicativos os utilizam mesmo. Para a gente, isso ajuda. As fotos nos dão a localização geográfica mais precisa do problema, como um buraco", diz o secretário responsável pelo serviço, Pedro Paulo. "Vendo a imagem, o técnico pode saber o tipo de máquina que vai usar e se precisará chamar as concessionárias de água ou de luz."

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Acostumado a denunciar irregularidades no trânsito, do celular para o Twitter, o arquiteto da informação João Paulo Lages reclama, porém, que o Disque-Rio 1746 nos smartphones está restrito a poucos serviços. São sinais de trânsito descontrolados, poda de árvores, reparo de buracos, iluminação e focos de dengue. Para os demais, o aplicativo faz uma chamada para a central telefônica", disse ele.

"Como posso registrar que, em pelo menos dois dias por semana, o caminhão de lixo de um restaurante fecha uma das pistas do Jardim Botânico e o engarrafamento chega até o Humaitá?", pergunta João Paulo. Para ele, o serviço é válido, por ser um canal direto com a prefeitura, mas perde por restringir a mobilização da sociedade. "A população reclama onde sua voz é ouvida. Nesse caso, nas redes sociais e nos veículos de comunicação de massa, não no 1746", completou.

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Usuários frequentes do Twitter pelo celular, os integrantes da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast) pensam de outra forma. Com uma rede de colaboradores que abastece o microblog, a Amast, que dá visibilidade a reclamações como falta de luz e de segurança e irregularidades no transporte público, quer agora incentivar os usuários e direcionar as reclamações diretamente para a prefeitura.

"Esse aplicativo para smartphone permite à pessoa canalizar imediatamente a indignação com os problemas urbanos", ressalta o secretário da Amast, Abaeté Mesquita. "A pessoa pode tirar uma foto e mandar a reclamação na hora. A revolta se transforma numa ação instantânea. Se a pessoa deixa para depois, pode não fazer, porque, depois, nem sempre se lembrará ou terá tempo."

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Os aplicativos permitem acompanhar o encaminhamento de cada reclamação, além de receber informações da prefeitura. Para os serviços disponíveis, além de ter o aplicativo compatível com o aparelho, é preciso informar a localização e acrescentar uma descrição da foto. A próxima novidade do serviço 1746 deve ser a criação de salas de batepapo online para tirar dúvidas sobre impostos urbanos. "Estamos na fase de projeto", disse Pedro Paulo. O aplicativo “1746 Rio” é  gratuito para as plataformas iOS (Apple), Android, Blackberry, Windows Mobile e Nokia.

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