Por trás das manchetes

Mais importante que criticar o PIB brasileiro é entender os reais avanços sociais ocorridos nos últimos anos no país



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A oposição e seus atores, inimigos do Brasil de plantão, insistem em preferir chamar de pibinho o PIB brasileiro no lugar de reconhecer os avanços do país em termos econômicos e sociais durante os governos do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma. Preferem pregar o caos e incentivar a inflação, repetindo a cada dia que ela não está dentro da meta.

Comparam o Brasil com os EUA, com a França, com a Inglaterra, no lugar de fazerem paralelos com os países do Brics, o que daria à população uma real dimensão do papel que estes países desempenham favoravelmente na crise econômica mundial dos últimos anos.

Se esquecem também de dizer que o aumento da renda na base da pirâmide,na verdade, para bons entendedores, relativiza o fraco desempenho do PIB. O economista Marcelo Neri, presidente do Ipea- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, disse há alguns dias que "o Brasil está hoje no menor nível de desigualdade da história documentada".

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Na avaliação do instituto, os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios- Pnad de 2012, indicam uma grande diminuição da desigualdade e uma redução da pobreza. Entre 2001 e 2011, houve um crescimento real de 91,2% na renda dos 10% mais pobres. No caso dos 10% mais ricos, o aumento foi de 16,6%.

Os inimigos do Brasil de plantão querem criticar por criticar. Ignoram avaliações e opiniões contrárias sobre a importância das medidas como um todo tomadas pelo governo brasileiro.O cientista João Bosco Monte, pós-doutor em Relações Internacionais afirmou, por exemplo, em artigo recente que "quando a onda da crise ameaçava as "nações fortes", foram os Brics que salvaram a economia"

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Números sobre o desenvolvimento dos cinco países que formam os Brics - Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul - tem demonstrado sua importância na economia global. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OCDE estes países foram responsáveis por 55% do crescimento global nos últimos três anos, e seu crescimento médio, em 2012, foi de até 4%, contrastando com 0.7% de outras economias.

A OCDE, com sede em Paris, é uma organização internacional fundada em 1961, que sucedeu a Organização para a Cooperação Econômica Europeia, criada em 1948. É um órgão internacional e intergovernamental que reúne os países mais industrializados e também alguns emergentes como México, Chile e Turquia.

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Diferentemente do que acontecia num passado recente, pela primeira vez os mercados emergentes estão liderando os mais maduros, e dessa forma ajudam as economias ocidentais a sair da recessão.

Por outro lado, o fato de que estes Estados são membros ativos das principais organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas, o G20 e o Grupo dos 77 (coligação de países na ONU), bem como as associações regionais, sugere que, além dos interesses econômicos, os objetivos da aproximação Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul incluem uma cooperação política mais estreita.

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Medidas concretas neste sentido foram aprovadas durante a 5ª Cúpula dos Chefes de Estado dos Brics realizada em março deste ano, em Durban, África do Sul: a criação do Banco de Investimento dos Brics e a instalação do Conselho Empresarial dos Brics. As duas iniciativas são sementes de um futurobloco econômico, o que seria extremamente positivo para a economia dos emergentes.

Além de crescer,os Brics afirmam seu potencial para servir como elo entre o mundo em desenvolvimento e o mundo desenvolvido, diminuindo a distância entre eles, e contribuindo para a estabilidade macroeconômica.

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Segundo um outro estudo da OCDE deste ano, o Economic Outlook, no início da década de 2030, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado do Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul deverá se igualar ao PIB conjunto das atuais economias que compõem a organização. Atualmente, o PIB do Brics corresponde a apenas metade do produto dos países da OCDE.

Levando em consideração os principais ingredientes para um país se tornar uma potência econômica, o Brasil ganha ou empata com os outros Brics em todos os quesitos.

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A vantagem do Brasil a longo prazo é que os outros Brics sofrem de problemas estruturais já enfrentados por nós anteriormente. A China vem passando por uma grande reforma econômica e deverá fazer importantes mudanças políticas nos próximos ano mas é incerto se uma autocracia feudal de fraca tradição democrática conseguirá instituir uma democracia constitucional.

O Brasil, ao contrário, tem experiência democrática e instituições jurídicas bem definidas e sólidas operando em ambiente estável.Em termos de inclusão social e educação, apesar de existir ainda um longo caminho a ser percorrido, perdemos apenas para a Rússia.

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No Mercado Financeiro o Brasil tem procedimentos de primeiro mundo ao contrário dos demais países do Brics, segundo administradores de fundos de investimento.

Não tem, portanto, nenhum sentido continuarmos a alimentar o que costumo chamar de complexo de vira-latas.Temos que nos enxergar melhor e nos vender melhor. A imagem negativa chega à imprensa internacional justamente porque o Brasil começa a combater vários problemas, inclusive de corrupção, cujos índices não são sequer comparáveis aos dos outros paises do Brics.

Entre aqueles da oposição que não aceitam o fato do Brasil estar crescendo com mais igualdade social existem ainda os machistas de direita que não aceitam o fato de que uma mulher possa estar no comando de um pais cada vez mais respeitado mundialmente como Nação rica e soberana.

O importante, no entanto, é que o Brasil, em síntese, é o Bric com maior potencial de crescimento e em muitos aspectos representa menores riscos ao investidor.Vamos valorizar esse fato e a importância dos Brics para o avanço mundial, no lugar de apenas agourar.

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