Pela primeira vez, Brasil cai em ranking e entra na 'zona vermelha' da liberdade de imprensa
Documento sobre a liberdade de imprensa em todo o mundo, elaborado pela ONG Repórteres sem Fronteiras, aponta que o Brasil caiu quatro posições no ranking e ocupa a 111ª posição em uma lista de 180 países
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247 - O Brasil caiu pela quarta vez consecutiva no ranking anual sobre liberdade de imprensa elaborado pela ONG Repórteres sem Fronteiras. Segundo reportagem do blog do jornalista Jamil Chade, no UOL, o país caiu quatro posições e ocupa a 111ª posição, em uma lista de 180 países. “Em 2018, antes da chegada de Jair Bolsonaro ao poder, o Brasil era o 102º colocado”, destaca Chade. Com isso, o país passou a figurar na chamada zona vermelha do ranking, que sinaliza as regiões com cenários de ameaças à liberdade de imprensa
Ainda conforme a reportagem, o Brasil aparece atrás de países como Bolívia, Mauritânia, Guiné-Bissau, Equador, Ucrânia, Libéria, Paraguai, Etiópia e Moçambique. Até então, o país estava situado na faixa laranja, onde a situação do trabalho da imprensa é considerada sensível.
"O Brasil enfrenta problemas históricos e estruturais no campo da liberdade de expressão. É o segundo país da América Latina com o maior número de profissionais de imprensa assassinados na última década, atrás apenas do México. Ataques verbais, insultos, ameaças e agressões físicas contra jornalistas são frequentes no país", destaca o documento elaborado pela ONG.
O documento observa, ainda, que “o presidente Bolsonaro, seus filhos que ocupam cargos eletivos e vários aliados dentro do governo insultam e difamam jornalistas e meios de comunicação quase que diariamente, escancarando o desapreço pelo trabalho jornalístico. Multifacetados, estes ataques seguem uma estratégia cada vez mais estruturada de semear desconfiança no trabalho dos jornalistas, de destruir a credibilidade da imprensa como um todo e, gradualmente, construir a imagem de um inimigo comum".
“Essa imagem "já foi introjetada pelos seguidores do presidente e mancha as redes sociais com linchamentos online de profissionais da mídia e veículos de comunicação", diz outro trecho do relatório da Repórteres sem Fronteiras.
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