Pearson tem plano milionário de reestruturação
Grupo editorial, que atua no setor de educação e é proprietário do jornal Financial Times, revelou que fará uma reestruturação de R$ 600 milhões ao longo dos próximos dois anos; R$ 150 milhões devem ser investidos em operações digitais e mercados emergentes

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Observatório da Imprensa - O grupo editorial Pearson, que atua no setor de educação e é proprietário do jornal Financial Times, revelou que fará uma reestruturação de 200 milhões de libras (em torno de R$ 600 milhões) ao longo dos próximos dois anos. A iniciativa deverá provocar demissões e a redução de custos na ordem de R$ 400 milhões, sendo que R$ 150 milhões seriam investidos em operações digitais e mercados emergentes.
Para John Fallon, executivo-chefe da Pearson, a reestruturação reforçará dramaticamente a posição do grupo em serviços digitais educacionais, com o objetivo de aumentar a fatia digital e de serviços para 70% da receita total nos próximos três anos. Nos resultados preliminares de 2012, os negócios digitais foram, pela primeira vez, responsáveis por mais da metade da receita do grupo. Segundo Fallon, as mudanças estruturais no setor de educação colocaram as atividades tradicionais de publicação sob pressão. Entretanto, o crescimento contínuo na classe média, em todo o mundo, beneficiaria as empresas de serviços educacionais.
Em alta
A receita do FT Group, unidade da Pearson que publica o Financial Times, subiu 4% ao longo do ano para 443 milhões de libras (em torno de R$ 1,3 bilhão) com crescimento de 18% em assinaturas digitais, para 316 mil, ultrapassando pela primeira vez a tiragem impressa.
Nos EUA, maior mercado do grupo, as vendas subiram 2% em taxas de câmbio constante para 2,7 bilhões de libras (em torno de R$ 8 bilhões). A receita em educação internacional subiu 13% para 1,6 bilhão de libras (cerca de R$ 4,7 bilhões) em taxas de câmbio constante, apoiada pelos mercados emergentes. A recuperação dos negócios no Japão após o tsunami de 2011 e o forte desempenho competitivo na Itália mais do que compensaram os mercados em dificuldade, como o espanhol.
Tradução: Larriza Thurler, edição de Leticia Nunes. Informações de Robert Budden ["Pearson to spend £200m on restructuring", Financial Times, 26/2/13]
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