'Pazuello foi rifado por razões políticas', diz Mello Franco

Jornalista Bernardo Mello Franco diz que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "foi rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”

(Foto: Reprodução)


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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco destaca, em sua coluna desta terça-feira (16) no jornal O Globo, que “o governo errou ao nomear o general Eduardo Pazuello para o comando do Ministério da Saúde e ao mantê-lo quando a pandemia se alastrou no país”. “Agora erra mais uma vez na operação desastrada para tirá-lo da cadeira”, afirma. 

Para ele, “Pazuello só está sendo rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”.

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“Sem preparo, o paraquedista militarizou a pasta, trocando técnicos em saúde por colegas de farda. Ele admitiu sua incompetência ao dizer que “não sabia nem o que era o SUS”. Em outro momento, reconheceu que só estava na cadeira para cumprir ordens do presidente Jair Bolsonaro”, ressalta Mello Franco. 

“Apresentado como um especialista em logística, o ministro deixou faltarem testes, medicamentos e até oxigênio nos hospitais. Agora é o principal responsável pelo fracasso na distribuição de vacinas. E ainda tornou-se alvo de um inquérito que apura a negligência com o morticínio de Manaus”, diz o jornalista.

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Mello Franco, porém, avalia que “Pazuello só está sendo rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”.

O jornalista observa que a médica Ludhmila Hajjar, convidada por Jair Bolsonaro para assumir a chefia da pasta, "recusou o cargo porque o presidente não estava disposto a abandonar a linha negacionista”. 

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“Ela ainda denunciou o assédio de militantes bolsonaristas, que a ameaçaram de morte e tentaram invadir seu quarto de hotel em Brasília. Seu depoimento mostra como o governo se tornou refém da seita de fanáticos alimentada pelo capitão”, completa.

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