'Pazuello foi rifado por razões políticas', diz Mello Franco
Jornalista Bernardo Mello Franco diz que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "foi rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O jornalista Bernardo Mello Franco destaca, em sua coluna desta terça-feira (16) no jornal O Globo, que “o governo errou ao nomear o general Eduardo Pazuello para o comando do Ministério da Saúde e ao mantê-lo quando a pandemia se alastrou no país”. “Agora erra mais uma vez na operação desastrada para tirá-lo da cadeira”, afirma.
Para ele, “Pazuello só está sendo rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”.
“Sem preparo, o paraquedista militarizou a pasta, trocando técnicos em saúde por colegas de farda. Ele admitiu sua incompetência ao dizer que “não sabia nem o que era o SUS”. Em outro momento, reconheceu que só estava na cadeira para cumprir ordens do presidente Jair Bolsonaro”, ressalta Mello Franco.
“Apresentado como um especialista em logística, o ministro deixou faltarem testes, medicamentos e até oxigênio nos hospitais. Agora é o principal responsável pelo fracasso na distribuição de vacinas. E ainda tornou-se alvo de um inquérito que apura a negligência com o morticínio de Manaus”, diz o jornalista.
Mello Franco, porém, avalia que “Pazuello só está sendo rifado por razões políticas. Bolsonaro sentiu o efeito das críticas do ex-presidente Lula, e o centrão aproveitou o momento para dar o bote e arrancar o ministério dos militares”.
O jornalista observa que a médica Ludhmila Hajjar, convidada por Jair Bolsonaro para assumir a chefia da pasta, "recusou o cargo porque o presidente não estava disposto a abandonar a linha negacionista”.
“Ela ainda denunciou o assédio de militantes bolsonaristas, que a ameaçaram de morte e tentaram invadir seu quarto de hotel em Brasília. Seu depoimento mostra como o governo se tornou refém da seita de fanáticos alimentada pelo capitão”, completa.
Inscreva-se no canal de cortes do 247 e assista a um vídeo em que Paulo Moreira Leite diz quem é o novo ministro da Saúde:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247