Para Malu Gaspar, "é muito cedo para considerar que Bolsonaro já era"
A colunista destaca que Jair Bolsonaro pode estancar a perda de popularidade "se souber usar a seu favor os R$ 5 bilhões previstos para o fundo eleitoral, mais os quase R$17 bilhões ainda disponíveis no orçamento secreto"
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247 - "É muito cedo para considerar que Bolsonaro já era", escreve a colunista Malu Gaspar, no jornal O Globo. "O presidente ainda é forte na disputa. E se tornará um adversário ainda mais difícil de bater se souber usar a seu favor os R$ 5 bilhões previstos para o fundo eleitoral, mais os quase R$17 bilhões ainda disponíveis no orçamento secreto", diz.
A colunista destaca que "o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou um vídeo anunciando ter convidado Bolsonaro e seus filhos 'e fiéis seguidores da causa brasileira', esperando que o presidente da República anunciasse a filiação no dia seguinte, mas o PP de Lira e Ciro Nogueira atravessou a negociação".
"Os dois prometeram a Bolsonaro mais espaço para seus candidatos e ouviram dele que tinham voltado ao primeiro posto na fila de suas preferências", afirma. "Lira, Nogueira e Costa Neto não são neófitos na política, nem consta que se movam por paixões ideológicas. Quem abrigar Bolsonaro em seu partido terá de ir até a urna com ele".
"Enquanto esses caciques e suas necessidades estiverem bem contemplados, a sobrevivência política de Bolsonaro está assegurada. Por aí se calcula quanto custará mantê-lo vivo até o final de 2022. Será uma conta que todos vamos pagar".
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