Pannunzio: FHC está à vontade com o crime organizado no comando do País

Ex-presidente, que articulou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, pediu "tolerância" com o governo de Jair Bolsonaro

Fábio Pannunzio
Fábio Pannunzio (Foto: 247)


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247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que atuou na conspiração contra a ex-presidente Dilma Rousseff, defendeu mais uma vez a permanência de Jair Bolsonaro no poder. Em razão disso, foi duramente criticado pelo jornalista Fábio Pannunzio. "O relativismo moral de FHC me espanta cada dia mais. Ele e o PSDB 'inventaram' o motivo do impeachment de Dilma Rousseff. Mas diante de um miliciano genocida, vem com essa cascata de tolerância. Conversa fiada de quem está muito à vontade vendo o crime organizado tomar o País", disse ele, em seu twitter. Saiba mais:

Dirigente do PSDB e articulador do golpe de Estado contra Dilma, Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista à Rádio Jornal, na sexta-feira, 26, que é preciso ter mais tolerância com Jair Bolsonaro, colocando-se novamente contra um processo de impeachment dele, que já cometeu diversos crimes de responsabilidades.

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“Nós nos acostumamos a tirar do poder [com] impeachment. Como agora. Eu não sei nem se tem razão. Se inventa a razão, se cria a razão. Eu acho que tem que ter um… Se o presidente errar muito, aí não há o que fazer (…) Nós criamos uma democracia que é relativamente jovem e já tiramos dois presidentes. É muita coisa. Eu acho que tem que ter um pouco mais de tolerância”, disse.

Ele foi, entretanto, um dos principais organizadores e defensores do impeachment de Dilma Rousseff, que foi afastada em um processo fajuto sem ter cometido nenhum crime. O impeachment de 2016 foi um golpe que colocou a coalizão MDB-PSDB no poder e abriu o caminho, através da campanha contra o PT, para a chegada de Bolsonaro no poder.

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Todavia, ele procurou justificar o golpe contra a ex-presidente. “A presidente Dilma, eu fui muito reticente até que não havia mais jeito. E quando não há mais jeito? Quando o governo para de governar, quando a rua começa a gritar e quando o governo incorre em alguma coisa da Constituição e da lei. Tem que ter esses fatores juntos, mas não é bom”.

Enquanto defende a permanência de Bolsonaro, que está destruindo o País e desrespeitando diversos artigos da Constituição - além de estar ameaçando de impor uma ditadura - o golpista defende que, no caso da Dilma, “não havia mais jeito”, porque a rua começou a “gritar”. Ele esquece de mencionar o fato de que Bolsonaro é alvo de críticas em todos os lugares por onde passa; que até em eventos de entretenimento, como o carnaval, bailes funk do Rio e shows de música, o “Fora Bolsonaro” é predominante.

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