Os livros saem do papel
Vendas de e-books ultrapassam pela primeira vez as de impressos nos EUA; Brasil ainda est a anos-luz desse feito
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247 – As vendas de livros eletrônicos nos Estados Unidos ultrapassaram, pela primeira vez, as de livros impressos. As cifras alcançadas no mercado de e-books no país chegaram a US$ 90,3 milhões em fevereiro, um crescimento de 202% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com informações da Associação dos Editores Americanos.
As portas desse mercado foram amplamente abertas principalmente pelo sucesso do Kindle, leitor eletrônico da Amazon. O equipamento puxa a fila de outros, como o Nook e o Border´s Kobo, da rede americana de livrarias Barnes & Noble. O iPad, da Apple, também contribui com as vendas. “O negócio dos livros está mudando radicalmente e mais rápido do que a indústria de filmes, música e jornais porque estamos fazendo isso em uma questão de meses”, disse o executivo da Barnes & Noble, Marc Parrish, à CNN Money. Segundo ele, estes equipamentos estão mudando a visão dos vendedores de livros sobre a indústria. De acordo com Parrish, o negócio tomará uma forma exata nos próximos 24 meses.
No Brasil, o mercado ainda segue tímido. Os primeiros passos foram dados em 2009, cheios de dificuldades. As empresas não tinham conhecimento nem tecnologia para a criação dos e-books e, agora que melhoraram consideravelmente neste sentido, temem a publicação dos livros eletrônicos pelo risco de o conteúdo ser vasado na Internet, prejudicando suas vendas. Lidar com os direitos autorais é um capítulo à parte, repleto de incertezas. Neste cenário, o Brasil segue muito atrás dos EUA: na Livraria Saraiva, por exemplo, estão à venda 2500 e-books nacionais, ante 204 mil importados.
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