Os generais devem uma autocrítica por ajudarem na ascensão de Bolsonaro ao poder, diz Mello Franco
O jornalista Bernardo Mello Franco diz que a insatisfação do alto escalão das Forças Armadas com Jair Bolsonaro é crescente, mas que os generais devem uma autocrítica por terem apoiado a asecnsão do ex-capitão ao poder. "Eles sempre souberam quem era o capitão”, diz
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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco avalia que os generais que apoiaram a chegada de Jair Bolsonaro ao poder devem fazer uma autocrítica. “O general Rêgo Barros era um alegre propagandista do presidente Jair Bolsonaro. Agora se juntou à tropa dos desiludidos com o capitão”, diz Mello Franco em sua coluna no jornal O Globo, em referência a um artigo onde o ex-porta-voz tece duras críticas contra Bolsonaro.
‘Demitido em agosto, ele reforçou o clube dos militares amargurados. O patrono da turma é o ex-ministro Santos Cruz, derrubado pela artilharia dos filhos do presidente. Varrido do Exército por indisciplina, Bolsonaro parece ter prazer em humilhar oficiais superiores. Na semana passada, ele expôs o general Eduardo Pazuello a uma desmoralização pública. Depois permitiu que um ministro civil chamasse o general Luiz Eduardo Ramos de “Maria Fofoca” e “Banana de Pijama”’, destaca o jornalista.
Para ele, “os oficiais pendurados no governo não foram vítimas de sequestro. Alistaram-se voluntariamente no projeto de Bolsonaro, em busca de um atalho para voltarem ao poder. Alguns se julgavam capazes de tutelar o presidente extremista. Outros só pensavam em engordar os contracheques”.
“Hoje muitos generais querem subscrever as queixas de Rêgo Barros. Antes disso, deveriam fazer uma autocrítica. Eles sempre souberam quem era o capitão”, finaliza.
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