Omissão de Aras deixa o Brasil refém de agressões de Bolsonaro à Constituição, diz editorial do Estadão
A atuação de Aras, diz o jornal, "coloca o presidente da República na condição de acima da lei, como se seu agir fosse completamente impune"
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247 - Editorial do Estado de S. Paulo publicado nesta segunda-feira (8) faz críticas ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que abandonou "a defesa da ordem jurídica e do regime democrático para agradar ao presidente da República", Jair Bolsonaro (PL).
A omissão do PGR, diz o veículo, deixa o Brasil "refém das agressões de Bolsonaro". "Salta aos olhos que a PGR de Augusto Aras não tem cumprido o seu papel institucional de defesa da ordem jurídica e do regime democrático. Argumentações supostamente técnicas têm sido invólucro para gravíssimas omissões que, além de deixarem o País refém de agressões à Constituição e a direitos fundamentais, colocam o presidente da República na condição de acima da lei, como se seu agir fosse completamente impune".
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O texto destaca que os ataques de Bolsonaro ao processo eleitoral e à democracia não teriam tido espaço para crescer se não fosse a permissividade da PGR. "Não haveria a escalada de Jair Bolsonaro contra as eleições se a PGR tivesse defendido o regime democrático, acionando no devido tempo o Judiciário. Para piorar, a PGR tem-se colocado em confronto com o trabalho do Supremo. A recente manifestação da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas da Justiça Eleitoral por parte de Jair Bolsonaro é peça de audácia inédita, com o Ministério Público rejeitando a priori provas que possam ser produzidas contra Jair Bolsonaro".
Atualmente, segundo o jornal, a PGR "faz ou deixa de fazer o que bem entende", sem prestar contas.
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