Ombudsman critica Folha por abrir espaço a Bannon, líder da propaganda fascista

Mariante apontou desserviço da Folha ao entrevistar extremista que "não defende pontos de vista, não quer explicar nada, mas sim manter aura que vai da certeza cega à conspiração"

(Foto: REUTERS)


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247 - A entrevista concedida pela Folha de S. Paulo ao líder da propaganda fascista global, Steve Bannon, gerou críticas por parte do ombudsman do jornal, José Henrique Mariante.

Mariante destacou que Bannon, que foi entrevistado pela Folha na série do jornal sobre o bolsonarismo, mentiu veementemente, afirmando que Trump foi roubado nas eleições de 2020, assim como Jair Bolsonaro em 2022. O jornalista também lembrou da fala do ultradireitista de que os invasores do Capitólio eram "guerreiros da liberdade" e que aqueles que quebraram a lei devem ser punidos, a menos que se prove que "foram instigados por agentes federais".

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Segundo Mariante, Bannon e outros extremistas não defendem pontos de vista, não querem explicar nada, mas sim manter uma aura que vai da certeza cega à conspiração. Ele afirmou ainda que a matéria intitulada "Steve Bannon vê Bolsonaro fortalecido com acusações na Justiça e aposta em Eduardo", não reflete o caráter aleatório e oportunista do entrevistado.

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Para Mariante, é preciso entender que, confrontada com o extremismo, a sensibilidade dos leitores também se modificou e a linha do intolerável está mais próxima. O papel da imprensa profissional é ouvir e expor o contraditório, mas é importante considerar o impacto das entrevistas e reportagens que dão espaço a extremistas e propagadores de ideias fascistas.

Quem é Steve Bannon

Steve Bannon é considerado um dos líderes da extrema-direita por conta de suas ideias e práticas políticas. Ele é um estrategista político americano que trabalhou como conselheiro-chave na campanha presidencial de Donald Trump em 2016 e, posteriormente, ocupou o cargo de conselheiro-chefe da Casa Branca.

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Bannon também foi o presidente executivo da plataforma Breitbart News, um site de notícias ultraconservador que promove o nacionalismo branco, o populismo de direita e a xenofobia. Em sua carreira, ele também se envolveu em diversos projetos políticos que promovem a extrema-direita e suas pautas.

Uma das principais características do pensamento político de Bannon é a defesa do nacionalismo e do protecionismo econômico, além de um forte apelo à identidade e às tradições culturais de uma nação. Ele é um crítico ferrenho da globalização e da imigração, especialmente de muçulmanos, e defende políticas que limitem o fluxo de pessoas e bens entre as fronteiras nacionais.

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Além disso, Bannon também é conhecido por sua retórica agressiva e polarizadora, frequentemente caracterizando seus adversários políticos como "inimigos da nação". Ele tem sido acusado de promover discursos de ódio e divisão, além de incitar a violência contra grupos minoritários.

Por essas razões, Steve Bannon é considerado um dos líderes da extrema direita e tem sido criticado por diversos grupos e líderes políticos, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países. Suas ideias e práticas políticas são consideradas extremistas e prejudiciais ao convívio democrático e à promoção da igualdade e dos direitos humanos.

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