Observatório Judaico sai em defesa do chargista Aroeira
"O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil repudia a tentativa do presidente da República de criminalizar o trabalho do cartunista Renato Aroeira", diz nota da entidade, que segue: "isso é característico de governos totalitários"
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247 - O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil publicou nota nesta quarta-feira (17) em defesa do jornalista e chargista Renato Aroeira, que teve uma charge criminalizada pelo governo Jair Bolsonaro.
A obra de Aroeira que virou alvo do governo mostra uma representação de Jair Bolsonaro transformando uma cruz vermelha em suástica, símbolo do nazismo.
O Observatório Judaico afirmou que a perseguição do governo Bolsonaro à charge de Aroeira é típica de regimes totalitários. "Tal atitude caracteriza mais um passo, enorme e perigoso, em direção à criminalização de qualquer manifestação artística que critique o governo ou algum de seus representantes. Isso é característico de governos totalitários, que designam quais artes são aceitáveis e permitidas e quais são consideradas subversivas e, dessa forma, devem ser banidas".
Leia a nota na íntegra:
EM DEFESA DA LIBERDADE DE CRIAÇÃO
O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil repudia a tentativa do presidente da República de criminalizar o trabalho do cartunista Renato Aroeira, na forma de pedido de investigação associado a suposta violação da lei que trata dos Crimes contra a Segurança Nacional.
Tal atitude caracteriza mais um passo, enorme e perigoso, em direção à criminalização de qualquer manifestação artística que critique o governo ou algum de seus representantes. Isso é característico de governos totalitários, que designam quais artes são aceitáveis e permitidas e quais são consideradas subversivas e, dessa forma, devem ser banidas.
Destacamos que o perigo desta ação do presidente está acima da questão do gosto ou desgosto pela charge. É preciso condenar qualquer tipo de perseguição a artistas e suas produções, pois isto fere os Direitos Humanos no país.
Se o indivíduo Jair Bolsonaro se sente atingido pela charge em questão, tem todo o direito de acionar a justiça em seu nome, mas não de se utilizar de leis referentes à República Brasileira e à sua segurança.
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