O que Obama pode ensinar a Dilma sobre mídias sociais?

Diferentemente do presidente dos Estados Unidos, a presidente do Brasil e sua equipe ainda não sabem como operar os canais desta nova comunicação



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Cidadãos brasileiros, celebridades e empresas nacionais já sentiram na pele o poder e a importância das mídias sociais. Prova disso é que 67 milhões de pessoas estão registradas no Facebook somente aqui no Brasil e 88% das empresas possuem pelo menos uma mídia social como veículo de comunicação.

Preocupada com a queda de sua popularidade, a presidente Dilma Rousseff também não quer ficar de fora. Há algumas semanas ela tem participado de encontros com especialistas em redes sociais a fim de criar um grupo responsável pela comunicação do governo com o povo via mídias sociais. A ideia ocorreu depois que a intensa manifestação iniciada nas redes sociais resultou em manifestações por todo o Brasil em junho deste ano.

Em 2010, Dilma Rousseff fez um apático uso pessoal das plataformas de comunicação digital e prometeu estar mais presente em 2011, o que, infelizmente, não aconteceu. Diferentemente de Barack Obama, presidente dos EUA, eleito e reeleito maciçamente pelo inteligente trabalho nas redes sociais em 2008 e 2012, a presidente do Brasil e sua equipe ainda não sabem como operarão estrategicamente os canais desta nova comunicação.

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Com quase 34,5 milhões de seguidores no Twitter, 36 milhões no Facebook, 2,3 milhões de seguidores no Instagram (sem mencionar o perfil da Casa Branca), milhares de milhões de visualizações no YouTube, Barack Obama é a melhor tradução não só da conectividade, mas, principalmente da interatividade possível e necessária quando o assunto é relacionamento com o "consumidor". Mídia de baixíssimo custo (Obama utilizou em sua campanha menos de 2% do seu orçamento para ações online na eleição de 2008), as redes sociais são poderosas porque são, acima de tudo, democráticas e essa é a lição mais preciosa que os governantes brasileiros devem reter: Barack Obama, entre os centenas de canais de comunicação, criou o "YouBama", canal de vídeo feito pelos usuários dizendo porque votariam, ou não, nele. Nada foi retirado, tudo foi respondido.

Depois de eleito, os perfis e grupos criados nas redes sociais do líder americano não foram excluídos, pelo contrário: 48 horas após ter sido eleito, já estava no ar o change.gov, site criado para receber sugestões, críticas e opiniões sobre o mandato do presidente. Além disso, o site abarca um blog informando o que faz Obama e ensinando à população os princípios básicos da administração pública. Há, também, o discurso semanal do presidente no YouTube. O que Obama fez foi transformar as ferramentas eleitorais bem trabalhadas em ferramentas de comunicação política, criando um elo ativo entre seu governo e o povo.

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A lição que fica de tudo isso, não só para nossa presidente, mas para qualquer instituição, privada ou não, é que não basta "vender o peixe": é preciso, antes de mais nada, ter interesse genuíno por quem está do outro lado da telinha para construir relacionamento e criar empatia com seu público/consumidor. Buscar as mídias sociais somente em momentos promocionais ou de crise definitivamente está na contramão do universo digital. Nas mídias sociais, para alcançar os objetivos é preciso inteligência, estratégia e planejamento. Que o diga Barack Obama.

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