"O negro brasileiro se sabe excluído em seu próprio País, e não há democracia possível num contexto desses", escreve Dorrit

Jornalista e documentarista, a colunista de O Globo Dorrit Harazim pergunta-se: "é isto um País?"

Moïse Kabagambe e Dorrit Harazim
Moïse Kabagambe e Dorrit Harazim (Foto: Reprodução)


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247 - A jornalista e documentarista Dorrit Harazim, em artigo publicado no jornal O Globo neste domingo (6), repercute o brutal assassinato do jovem congolês Moïse Kabagambe no Rio de Janeiro. "A troco de nada, o jovem negro fora abatido como animal por três indivíduos. As circunstâncias da curta vida de Moïse (24 anos), narradas pela mãe, somadas à agonizante morte a pauladas do filho, cobriram o país de uma vergonha nova: testemunhar, através das imagens captadas em vídeo, a execução do jovem entregue aos cuidados do Estado, como refugiado de guerra".

"Dói, humilha, desespera, abate", sintetiza Dorrit.

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De acordo com a jornalista, "enquanto não for dada visibilidade máxima a casos miúdos ou extremos, sempre perversos e nascidos do mesmo caldo de exclusão social do negro, uma mudança estrutural da sociedade brasileira levará outros 134 anos".

"O negro brasileiro não é refugiado nem asilado, como os que chegam de terras estrangeiras em busca de uma nova vida. O negro brasileiro se sabe excluído em seu próprio país, e não há democracia possível num contexto destes", conclui o texto em que Dorrit se pergunta: "é isto um País?".

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