'O Brasil não precisa que o Supremo Tribunal Federal entre numa guerra da vacina', diz Elio Gaspari

O jornalista Elio Gaspari destaca que o "Brasil não precisa que o Supremo Tribunal Federal entre numa guerra da vacina”, apesar da tentativa de politização do assunto por parte de Jair Bolsonaro. Para ele, “se Bolsonaro quiser criar uma crise, deverá buscá-la noutro lugar"

Elio Gaspari, mulher tomando vacina e fachada do STF
Elio Gaspari, mulher tomando vacina e fachada do STF (Foto: Alice Vergueiro/Abraji | Reuters)


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247 - O jornalista Elio Gaspari destaca que “ com quase 158 mil mortos, depois de três ministros da Saúde, da cloroquina, da gripezinha e de outras tolices do curandeirismo político, o Brasil não precisa que o Supremo Tribunal Federal entre numa guerra da vacina”. 

“O presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer da pandemia um instrumento de sua propaganda. Salvo poucos parlamentares excêntricos, alguns dos quais partiram para outra melhor, o Congresso manteve-se longe dos debates pueris. Pelo andar da carruagem, Bolsonaro está chamando o Supremo Tribunal Federal para a rinha”, destaca Gaspari em sua coluna no jornal O Globo. 

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“Pode-se discutir se o presidente Luiz Fux fez bem ao dizer que a obrigatoriedade da vacina acabaria chegando a seu tribunal. O Supremo não está aí para avisar que vai decidir um litígio. Ele simplesmente decide. A Corte não é um assembleia para debate político nem uma consultoria”, ressalta o jornalista. 

Ainda segundo ele, “o quadrado constitucional do Supremo é específico. Seu poder emana de sua independência, e essa independência emana do distanciamento. Quando sai do quadrado, vira bancada, como a do boi ou a da bala”.

“Tudo indica que a obrigatoriedade da vacinação irá ao plenário do Supremo. Os ministros deverão decidir e argumentar com base no Direito e na Constituição. Quanto menos bate-bocas fora do quadrado, melhor para todo mundo. Um dia a Corte se reúne, cada ministro vota, a televisão mostra, e o caso está decidido”, avalia.

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Para Gaspari, “se Bolsonaro quiser criar uma crise, deverá buscá-la noutro lugar. Com ministros sem modos que insultam colegas, não lhe será difícil”.

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