Novo emprego de Moro coloca 'processos que ele julgou em suspeição'

O jornalista Bernardo Mello Franco ressalta que a ida de Sérgio Moro para a empresa de consultoria internacional Alvarez & Marsal, especializada em recuperação judicial, “tem levantado discussões sobre ética e conflito de interesses”

Bernardo Mello Franco e Sergio Moro
Bernardo Mello Franco e Sergio Moro (Foto: Divulgação | José Cruz/Agência Brasil)


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247 - O jornalista Bernardo Mello Franco ressalta em sua coluna desta terça-feira (2) que a ida de Sérgio Moro para a empresa de consultoria internacional Alvarez & Marsal, especializada em recuperação judicial que tem entre seus clientes empreiteiras que foram alvos da Lava Jato Lava-Jato, “tem levantado discussões sobre ética e conflito de interesses”, o que poderá resultar em um processo no âmbito da OAB. 

No artigo, Mello Franco destaca que o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmou que com o novo emprego “Moro está emprestando o patrimônio da Lava-Jato a uma empresa que lucra com os resultados dela. A meu ver, isso põe muitos processos que ele julgou em suspeição”. "O ex-ministro poderá responder a um processo disciplinar na Ordem. Nas mãos do juiz Moro, o consultor Sergio estaria em apuros", completa o jornalista.

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Mello Franco relembra que esta não é primeira vez que Moro se vê envolvido com questões éticas e conflito de interesses. "Em 2018, Moro mandou prender o candidato que liderava a corrida presidencial. A decisão abriu caminho para Jair Bolsonaro, que ocupava o segundo lugar nas pesquisas. Sete meses depois, o juiz pendurou a toga para se juntar à tropa do capitão”, diz ele no texto. 

“Agora a zona cinzenta se deslocou da política para o mundo dos negócios. Moro será sócio-diretor da consultoria americana Alvarez & Marsal, especializada em recuperar empresas quebradas. Entre seus clientes, estão quatro alvos da Lava-Jato: Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e Sete Brasil”, pontua. 

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“Já se sabia que Moro aconselhava procuradores, falta saber o que ele dirá aos réus”, acrescenta.

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