Negacionismo jurídico: Estadão se coloca como tribunal de exceção e diz que as absolvições judiciais de Lula não o absolvem
Jornal que fez parte da perseguição judicial ao ex-presidente, atua agora como tribunal midiático negacionista, acima do sistema de Justiça
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247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já venceu os 15 processos judiciais armados contra ele desde que deixou a presidência da República, mas ainda não foi absolvido no tribunal do jornal Estado de S. Paulo, um veículo de comunicação que atuou neste processo de perseguição judicial e que se coloca como um tribunal de exceção, em editorial publicado nesta segunda-feira.
"A respeito das ações penais contra Luiz Inácio Lula da Silva, outro ponto merece atenção. Em razão de algumas decisões judiciais, neste momento, o líder petista não se enquadra nas hipóteses de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa. Ou seja, na atual situação dos processos criminais contra Luiz Inácio Lula da Silva, a legislação aprovada com o objetivo de tirar das eleições pessoas condenadas por corrupção e outros graves crimes não o impede de se candidatar", aponta o texto.
"Tal situação jurídica não é, no entanto, sinônimo de atestado de probidade ou de conduta irreprochável na vida pública. São realidades muito diversas. Uma coisa é a Justiça reconhecer que não houve provas suficientes do crime de corrupção na edição e tramitação da MP 471/09. Outra coisa é pretender que decisões judiciais apaguem o rastro de corrupção, incompetência e negacionismo que Luiz Inácio Lula da Silva e o PT deixaram na vida nacional", prossegue o editorialista.A responsabilidade política também é feita de memória. "Não há sentença judicial, não há aflição do tempo presente – como a que impõe Jair Bolsonaro ao País – capazes de apagar o que foram os governos petistas", afirma. Na prática, o jornal exerceu seu negacionismo judicial.
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