Nassif questiona: Brasil enfrentará o efeito Coringa?
"No Brasil, as mortes de negros por policiais tornaram-se banalizadas pela repetição. Mas a tensão social está cada vez maior, uma panela de pressão de alto teor", diz o jornalista
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Por Luis Nassif, no GGN – Relata uma situação de extrema tensão que explode com um episódio específico, um grupo de yuppies de mercado que, em um vagão de metrô, humilha uma pessoa fantasiada de palhaço.
Há uma reação, e a vítima mata os agressores. A partir daí, há uma pandemia de violência explodindo por toda a cidade e a vestimenta de palhaço torna-se o símbolo da reação.
O que ocorre hoje, nos Estados Unidos, é semelhante, uma reação espontânea provocada pela morte de George Floyd, cidadão negro detido pela polícia e morto, depois de 9 minutos de asfixia a que foi submetido por um policial.
O episódio deflagrou um festival de protestos por várias cidades, com a explosão da panela de pressão acumulada pelo racismo arraigado da sociedade americana, acentuado pela ascensão do supremacismo branco representado por Donald Trump.
Em cima disso, a revolta contra o fracasso da luta contra o Covid-19, a explosão do desemprego, a incidência da doença, manifestando-se mais acentuadamente nas regiões pobres e junto às populações negras. E, no comando do país, uma luta intestina entre partidos políticos.
No Brasil, as mortes de negros por policiais tornaram-se banalizadas pela repetição.
Mas a tensão social está cada vez maior, uma panela de pressão de alto teor.
Não haverá como não emular a violência difusa americana.
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