Nassif: Lava Jato foi o episódio mais degradante da história da mídia nacional
A reprodução de diálogos da Vazajato, com procuradores ironizando a morte de dona Mariza e do próprio neto de Lula é a exposição nua da banalidade do mal, avalia o jornalista

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247 - O jornalista Luís Nassif, editor do Jornal GGN, classificou a cobertura acrítica e parcial da mídia corporativa brasileira sobre a operação Lava Jato como o episódio mais "degradante" da história da imprensa brasileira.
Em artigo publicado nesta quinta-feira (18), Nassif lembrou que jornalistas de veículos da mídia corporativa submetiam reportagens antes da publicação para avaliação do então coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, enquanto outros publicavam entrevistas nas quais o próprio Dallagnol incluía as perguntas.
"A Lava Jato não caiu apenas devido à Vazajto, mas ao ato do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, atingindo o então presidente Michel Temer – interrompendo todos os negócios que estavam sendo entregues por Temer ao mercado", escreveu Nassif.
Segundo Luís Nassif, é terrível o processo de desumanização do “inimigo”. "Não respeitam morte de parentes, atribui-se qualquer demonstração de humanidade (a dor pela perda) a jogos de cena. É possível que em outros ambientes houvesse demonstrações tão horripilantes de desumanidade e que não foram registradas para a história. Mas a Vazajato fará com que cada personagem dos diálogos abaixo levem para o túmulo a vergonha de um dia terem se comportado dessa maneira. Serão malditos para sempre, a vergonha recobrirá todos seus descendentes, filhos e netos e jamais seus atos serão escondidos pela história", afirmou o jornalista.
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