Nassif: 'falta racionalidade nas discussões sobre privatizações'

"Dividir a discussão entre privatização, qualquer que seja ela, ou estatização de qualquer espécie, em nada fica a dever ao terraplanismo dos sem-vacina", diz Luis Nassif

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Sergio Moraes)


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247 - O jornalista Luis Nassif observa, em sua coluna no jornal GNN, que falta “racionalidade” na discussão das políticas públicas feitas por analistas neoliberais falando sobre a “volta do velho PT” por conta da declaração do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que não haverá mais privatizações durante seu terceiro mandato.

Privatização ou estatização não são um fim em si mesmo, mas um meio. É de uma malícia, ou ignorância atroz,  tratar toda privatização ou toda estatização como virtuosa ou daninha, sem analisar o setor ou a missão da empresa. Por exemplo, preços estratégicos, que impactam toda a economia, precisam de controle estrito do Estado, através de regulação rigorosa ou de uma empresa estatal”, ressalta Nassif.

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Ainda segundo ele, “em muitos casos, a estatização abre espaço para barganhas políticas espúrias. Vide caso Petrobrás. Em muitos casos, a gestão de mercado abre espaço para desmonte de empresas, como a própria Petrobrás recente, distribuindo dividendos em valores muito superiores ao lucro contábil, e reduzindo drasticamente os investimentos e, desse modo, sacrificando o futuro da empresa”.

“Ao se declarar contra continuidade da privatização, Lula obviamente se referia às grandes empresas públicas, como a Petrobras, que estavam na mira do mercado. A mídia já generalizou e incluiu na afirmação a condenação às PPPs – mesmo com Haddad enfatizando a sua utilidade”, afirma o jornalista.  

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“Dividir a discussão entre privatização, qualquer que seja ela, ou estatização de qualquer espécie, em nada fica a dever ao terraplanismo dos sem-vacina”, finaliza.

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