Nassif: década de 2010 legou um país destroçado, com instituições desmoralizadas e sem lideranças expressivas

“Não existe vácuo na política mas também não existe, à vista, nenhuma instituição em condições de empalmar o poder”, afirma o jornalista, que chama o período de “década da infâmia”

Jornalista Luis Nassif
Jornalista Luis Nassif (Foto: Editora 247)


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247 - O jornalista Luis Nassif escreveu um longo “xadrez” sobre a década de 2010 no Brasil, período que ele chama de “década de infâmia”.

“A década de 2010 legou um país destroçado, com as instituições desmoralizadas, sem lideranças expressivas”, avalia ele, passando detalhadamente pelos fatos que envolvem a mídia, o Judiciário, os militares e os partidos políticos ao longo desses anos.

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Ele observa, por exemplo, que “a mídia passou a monitorar STF, que com cenoura e chicote, foi se moldando”, descreve o PSDB como o partido que partiu da “social democracia” para o “discurso de ódio” e diz que a “mídia pretendia se tornar poder político para se salvar”.

Sobre Lula, diz que “foi vítima do próprio sucesso”, mas também que “cometeu dois erros fatais”.

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“Não existe vácuo na política mas também não existe, à vista, nenhuma instituição em condições de empalmar o poder - o que é bom, pois poderia significar a consolidação da ditadura em mãos de um poder”, diz.

“O agravamento da crise, misturando segunda onda do Covid-19, fim do auxílio emergencial, pressão de custos, certamente colocará fatos novos na mesa. Espera-se que para o bem do país”, conclui.

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