Nassif aponta "politização irrefreável de Gurgel"

"Até seu último dia na Procuradoria Geral da República, Roberto Gurgel tratará de submeter o Ministério Público aos seus objetivos políticos. Pouco importa se aumentarão as resistências contra os procuradores, se o adversários tratarão de obscurecer o trabalho legítimo de procuradores na linha de frente com as jogadas políticas de Gurgel", critica o blogueiro Luis Nassif; leia

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247 - "Até seu último dia na Procuradoria Geral da República, Roberto Gurgel tratará de submeter o Ministério Público aos seus objetivos políticos", escreve o blogueiro Luis Nassif. Leia a análise sobre a conduta do procurador-geral da República:

A politização irrefreável de Gurgel

Luis Nassif

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Até seu último dia na Procuradoria Geral da República, Roberto Gurgel tratará de submeter o Ministério Público aos seus objetivos políticos. Pouco importa se aumentarão as resistências contra os procuradores, se o adversários tratarão de obscurecer o trabalho legítimo de procuradores na linha de frente com as jogadas políticas de Gurgel.

Hoje, nos jornais, mais dois episódios.

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O primeiro, o vazamento, por parte da PGR, de mais um inquérito para a mídia, agora visando o MInistro da Saúde Alexandre Padilha. Não se considerou a vida limpa do Ministro e a enorme probabilidade de que seja inocentado da acusação. A manobra consiste em jogá-lo na mídia, para desgastá-lo; e, depois, esse material poder ser utilizado na campanha político, caso saia governador.

O segundo ponto, foi seu parecer contra a invalidação da Reforma da Previdência. Parlamentares do PSOL argumentaram - com razão - que se o STF e o PGR sustentaram que houve compra de votos para cada votação, havia vício de origem.

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Gurgel, no entanto, admite que as pessoas envolvidas no mensalão tiveram pouco peso na votação da reforma previdenciária.

Qualquer conhecedor mínimo dos meandros do Congresso sabia que a operação mensalão visou comprar apoio de partidos para a composição da base aliada, jamais para votações específicas. Embora o método seja condenável, a montagem da base de apoio é essencial para a governabilidade de qualquer governo, e foi praticada por todos os presidentes, pós-redemocratização, que permaneceram no cargo até o fim. O unico que nao seguiu a regra, caiu: Fernando Collor.

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Mas a PGR e o STF julgaram que, para poder condenar os acusados, havia a necessidade de indícios mais veementes: por exemplo, casar os dias de pagamento om as votações ocorridas. Inventaram correlações inexistentes.

Consumadas as condenações, agora pode-se voltar ao bom senso e reconhecer que os pagamentos não visaram compra de votos para votações específicas.

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O problema do julgamento do mensalão não foram as condenações: foi se saber que bom senso, análises de causalidade, análises de indícios e de provas dependem exclusivamente da posição política do julgador.

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