Nassif acusa Veja de golpismo em entrevista a revista boliviana

Jornalista disse ao semanário La Época que a revista realizou longa campanha de difamação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Nassif acusa Veja de golpismo em entrevista a revista boliviana
Nassif acusa Veja de golpismo em entrevista a revista boliviana (Foto: Edição/247)


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247 - O jornalista Luis Nassif apresentou a revista Veja à imprensa boliviana como uma publicação golpista. "A revista brasileira Veja, nos últimos 15 anos, incorre em um jornalismo muito complicado de chantagem e utilização de gravações clandestinas a fim de fazer jogadas empresariais jornalísticas", diz o blogueiro em entrevista ao semanário La Época que será publicada na íntegra no domingo (a Agência Boliviana e Informação antecipa alguns pontos da entrevista).

Nassif, que concedeu a entrevista via Skype, diz que a revista Veja realizou longa campanha de difamação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A campanha foi de forma direta, porque a revista Veja chegou a publicar 40 páginas e capas contra Lula que consistem numa perseguição sem fundamentos e cheia de preconceitos que se constituem numa tentativa de derrubar governos", disse, acrescentando que o caráter golpista da revista afetou até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Questionado sobre a tendência política que caracteriza a revista, Nassif disse que a Veja recorre a um "anti-comunismo ultrapassado e um macartismo pesado para disfarçar seus movimentos empresariais". Segundo o jornalista, esse comportamento leva a publicação a perder cada vez mais prestígio.

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Nassif também comenta a denúncia de Veja que ligou o ministro da Presidência boliviano, Juan Ramón Quintana, ao traficante brasileiro Maximiliano Dorado Munhoz Filho. “O que a revista disse são mentiras e já nem se imagina em que medida suas reportagens não mantêm relação com a realidade”, disse o blogueiro, citando reportagem sobre suposto acordo entre o governo Lula e as Farc. “Era uma reportagem que não tinha nem pé nem cabeça e também utilizou a Venezuela e a Bolívia para tentar criar um clima de ameaça comunista”, completou.

O jornalista se disse ele mesmo vítima da revista, ao dizer que um dos sócios da editora Abril se associou, em 2007, com “um banqueiro muito polêmico”, na descrição da Agência Boliviana de Informação, chamado Daniel Dantas. “A estratégia consistia em colocar alguns jornalistas para atacar violentamente a quem ousasse denunciar a revista por suas práticas. Decidi enfrentar e publiquei uma série pela internet sobre o caso Veja, conseguindo o apoio de 800 blogs”.

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