'Mudança no Ministério da Defesa é uma forma de pressão que beira o autogolpe', diz Merval Pereira

Jornalista Merval Pereira observa que desde a criação da pasta da Defesa, “esta é a primeira vez em que se usa o ministério para tentar reforçar a prevalência das Forças Armadas sobre o poder civil, como uma forma de pressão política beirando um autogolpe”

(Foto: Reprodução | ABr)


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247 - O jornalista Merval Pereira afirma, em sua coluna no jornal O Globo desta terça-feira (30), que o Ministério da Defesa “sempre fez parte de um xadrez político”, mas “esta é a primeira vez em que se usa o ministério para tentar reforçar a prevalência das Forças Armadas sobre o poder civil, como uma forma de pressão política beirando um autogolpe”.

Segundo ele, “Bolsonaro coloca o Ministério da Defesa como estratégico para reforçar o poder militar, a que presta homenagem a todo momento, inclusive dando mais verba para o setor do que para educação e saúde. Mas quer lealdade cega em troca”.  “O general Fernando Azevedo e Silva saiu, ou foi saído, não importa, porque estava insatisfeito, não era ouvido e se recusou a politizar as Forças Armadas”, ressalta Merval.

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“Como ele mesmo deixou claro em sua nota de despedida, “preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”. Estava incomodado com a necessidade de respaldar formalmente as atitudes do presidente Bolsonaro quando este usava o Exército para suas atividades políticas”, afirma.

“Pelos motivos que saiu, mostra que os militares estão comprometidos com o estado democrático de direito, e não será fácil a Bolsonaro usar as Forças Armadas como instrumento político para um possível autogolpe”, avalia.

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Para o jornalista, ‘não é uma simples coincidência que, nos dias anteriores, o presidente Bolsonaro tenha se referido diversas vezes a um suposto estado de sítio, que teria sido decretado pelos governadores para combater a pandemia da Covid-19. Bolsonaro estava buscando um pretexto para ele, sim, decretar um estado de exceção para “proteger o povo”’.

“ Mesmo que isso acontecesse, não haveria respaldo no Alto-Comando do Exército para um autogolpe”, finaliza.

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