MPF notifica Google e Meta sobre campanhas contra PL das Fake News

MPF de São Paulo afirma que a prática “parece estar fora do âmbito de condutas que sujeitos alvo de propostas de regulação podem adotar em um debate democrático”

(Foto: Reuters)


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247 - O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) notificou nesta segunda-feira (1) o Google e a Meta sobre campanhas das pataformas contra o PL das Fake News, que está previsto para ser votado nesta terça-feira (02) na Câmara.

No despacho, o MPF cita "notícias e indícios de que os responsáveis por algumas das plataformas digitais potencialmente impactadas pelas novas regras propostas estariam não apenas fazendo pressões que, numa democracia, são esperadas e absolutamente legítimas a qualquer ator que esteja sendo alvo de propostas de regulação— como se reunindo com Congressistas para pedirem que votem contra dado Projeto, financiando propagandas que defendam sua posição neste debate”.

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Sobre o Google, o Ministério Público afirmou que a plataforma estaria lançando uma ofensiva contra o Projeto de Lei nº 2630/2020 "que iria além de práticas ordinárias de participação no debate público legislativo”.

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“Trata-se, aqui, não da participação pública e transparente em uma discussão regulatória em curso (por meio, por exemplo, de reuniões e conversas com parlamentares, de publicação de artigos em jornais e revistas, e de publicidade declarada como tal, perante a população), mas sim do uso, por plataformas potencialmente afetadas, dos meios que elas controlam, com exclusividade, para impulsionar, de forma opaca e escapando de qualquer accountability, a percepção que lhes interessa sobre um tema de inegável importância pública”, diz o MPF, segundo a CNN

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Para órgão, as plataformas “podem estar violando direitos fundamentais à informação, à transparência nas relações de consumo e ao exercício da cidadania de seus usuários, ao, em tese, atuarem de forma opaca para impulsionarem, na esfera pública digital, conteúdos de seus interesses”.

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